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Mais de um milhão de pessoas buscaram refúgio na União Europeia (UE) no ano passado, um aumento de 20% em relação a 2022. Esse número, divulgado pelo Eurostat nesta segunda-feira (25), aproxima a região dos picos atingidos em 2015 e 2016 durante a crise migratória síria.
Síria, Afeganistão e Turquia lideram as origens dos pedidos. A Síria, em guerra civil desde 2013, permanece como o principal país de origem, com 183 mil solicitações (17% do total). O Afeganistão (100.900, 10%) e a Turquia (90 mil, 9%) completam o pódio. Venezuela e Colômbia também figuram entre os principais pontos de partida, com 67.100 e 62 mil pedidos cada (6% do total).
Alemanha, Espanha, França e Itália concentram a maioria dos pedidos. A Alemanha se destaca como o destino mais procurado pelos refugiados, com 329 mil solicitações (31%). Seguem-se a Espanha (160.500, 15%), a França (145.100, 14%) e a Itália (130.600, 12%). Juntos, esses quatro países receberam quase três quartos (73%) de todos os novos pedidos de asilo na UE em 2023.
O aumento no número de pedidos de asilo coloca em evidência os desafios da Europa em lidar com a migração e o acolhimento de refugiados. A guerra na Ucrânia, a crise humanitária no Afeganistão e a instabilidade em países como Venezuela e Colômbia contribuem para o aumento dos fluxos migratórios.
A UE busca soluções conjuntas para enfrentar a questão. A implementação de uma política migratória comum, o reforço da cooperação com os países de origem e trânsito e o combate às redes de tráfico de pessoas são algumas das medidas em discussão.