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Em meio à crescente tensão regional após o ataque iraniano de sábado contra Israel, o grupo terrorista Hezbollah lançou uma série de foguetes contra três postos do exército israelense nos Altos do Golã, no norte de Israel.
“Combatentes da Resistência Islâmica atacaram na manhã deste domingo com dezenas de foguetes ‘Katyusha’ os postos israelenses de Nafah, Yarden e Kela nos Altos do Golã sírios ocupados”, afirmou o grupo terrorista em comunicado conciso.
O Hezbollah já havia atacado um quartel em Kela durante a madrugada, coincidindo com o envio de mais de 300 drones e mísseis contra Israel por parte do Irã, aliado próximo do grupo libanês.
As novas ações deste domingo ocorrem em meio a uma crescente tensão após o ataque iraniano em grande escala, uma resposta ao bombardeio israelense que duas semanas atrás destruiu o consulado iraniano em Damasco e resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária.
No entanto, o grupo terrorista não fez menção à operação de Teerã em seu comunicado, limitando-se a justificar os lançamentos de foguetes como uma resposta aos recentes bombardeios israelenses no sul do Líbano e como uma medida de “apoio” à Faixa de Gaza, em sua retórica habitual.
Defesa eficaz
As defesas antiaéreas de Israel responderam com sucesso ao ataque iraniano sem precedentes e afirmam ter interceptado com ajuda de seus aliados 99% dos mais de 300 drones e mísseis lançados em direção ao seu território. No entanto, as tensões regionais persistem, com receios de uma escalada maior em caso de possível contra-ataque israelense.
Há anos, os dois rivais travam uma guerra encoberta caracterizada por incidentes como o ataque em Damasco. Contudo, a escalada de tensões deste domingo, que fez soar as sirenes antiaéreas em todo Israel, constituiu a primeira agressão militar direta do Irã contra Israel, apesar de décadas de inimizade desde a Revolução Islâmica em 1979.
Ao longo dos anos, Israel estabeleceu uma rede de defesa antiaérea de várias camadas que inclui sistemas capazes de interceptar diferentes ameaças, como mísseis de longo alcance, mísseis de cruzeiro, drones e foguetes de curto alcance.
Esse sistema, juntamente com sua colaboração com as forças dos Estados Unidos e outros países, ajudou a frustrar o que teria sido um ataque muito mais devastador em um momento em que Israel já está envolvido em uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza e enfrenta combates de baixo nível em sua fronteira norte com a milícia libanesa Hezbollah. Tanto o Hamas quanto o Hezbollah contam com apoio iraniano.
“Irã lançou mais de 300 ameaças e foram interceptadas em 99%”, disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do exército israelense. “Isso é um sucesso.” Quando questionado se Israel responderia, Hagari indicou que o país faria o necessário para proteger seus cidadãos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, publicou uma breve mensagem onde afirmou: “Interceptamos. Bloqueamos. Juntos, venceremos”.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, também comemorou os resultados e agradeceu aos Estados Unidos e outros países por sua assistência, embora tenha alertado que o incidente ainda estava em curso.
“Esta campanha não terminou. Devemos permanecer alertas (…) e nos preparar para qualquer situação”, expressou em comunicado em vídeo. “Ao mesmo tempo, bloqueamos a primeira onda (de ataques) e o fizemos com grande sucesso”.
(com informações de EFE e AP)