O ex-produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, teve sua condenação por crimes sexuais anulada na manhã desta quinta-feira (25) por um tribunal de apelações de Nova York, nos Estados Unidos (EUA).
A decisão foi tomada pelo tribunal de apelações do estado de Nova York, que considerou que o juiz responsável pelo caso em 2020 errou ao permitir o testemunho de mulheres cujas acusações não estavam diretamente relacionadas ao processo contra Weinstein.
O julgamento original de 2020 foi anulado por uma margem estreita de votos, conforme relatado pelo New York Times.
Os promotores responsáveis pelo caso que deu origem ao movimento #MeToo agora terão que decidir se irão realizar um novo julgamento contra Weinstein.
O ex-produtor foi condenado a 23 anos de prisão em 2020 por forçar sexo oral em uma assistente de produção em 2006, além de estupro no terceiro grau de uma atriz em 2013.
Apesar da anulação da condenação em Nova York, Weinstein permanece detido, pois foi condenado em Los Angeles em 2022 por outro caso de estupro, recebendo uma sentença de 16 anos de prisão.
Em Los Angeles, ele foi absolvido das acusações envolvendo uma das mulheres que testemunhou no caso de NY.
A decisão do tribunal de apelações estadual reabre um capítulo controverso na discussão sobre a conduta sexual inadequada de figuras poderosas nos EUA. Este capítulo teve início em 2017 com as numerosas acusações contra Weinstein.
O tribunal ordenou um novo julgamento, o que significa que os acusadores terão que enfrentar novamente o desafio de reviver seus traumas no tribunal.