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A Controladoria-Geral da República da Venezuela (CGR), órgão encarregado de garantir a transparência na gestão dos bens públicos do país, emitiu sanções contra cinco opositores políticos venezuelanos, proibindo-os de ocupar cargos públicos.
De acordo com uma lista divulgada em Caracas na quarta-feira (24), Carlos Ocariz, Elías Sayegh, José Fernández, Tomás Guanipa e Juan Carlos Caldera foram desqualificados por períodos que variam entre 12 meses e 15 anos.
Os membros afetados têm filiação a partidos políticos como “Primero Justicia”, “Fuerza Vecinal” e “Movimiento Cambio en Paz”. Essa ação ocorre em meio a um contexto político tenso, marcado por decisões judiciais e reestruturações partidárias recentes, como a imposta pelo Supremo Tribunal de Justiça venezuelano ao “Primero Justicia” em abril.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD), coalizão que reúne os principais partidos de oposição, já criticou publicamente a medida, considerando-a uma restrição aos direitos democráticos dos cidadãos, especialmente à luz das próximas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. A PUD denuncia ainda a violação do Acordo de Barbados, assinado entre o governo e a oposição em 2023.
Além disso, o partido Vente Venezuela, liderado por Maria Corina Machado, expressou solidariedade aos afetados e acusou a CGR de usar as desqualificações como forma de repressão política. Nos últimos anos, outros líderes opositores, incluindo Maria Corina Machado, Henrique Capriles Radonski e Juan Guaidó, já foram alvo de medidas semelhantes por parte do governo venezuelano.
Essas sanções políticas refletem um cenário de crescente polarização e conflito político na Venezuela, com repercussões tanto a nível nacional quanto internacional.