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O Banco Central da Argentina (BCRA) realizou um ajuste na sua taxa de juros de referência, reduzindo-a de 60% para 50% ao ano, marcando o segundo corte em uma semana.
Nos últimos 50 dias, o BC argentino diminuiu a taxa em quatro ocasiões, passando de 100% ao ano para 80% em março passado, posteriormente de 80% para 70% há 21 dias, e então de 70% para 60% na semana anterior.
Esta ação reflete a intenção do governo em controlar a quantidade de dinheiro em circulação visando a uma eventual remoção dos controles cambiais. A expectativa é de que uma menor oferta de pesos reduza a demanda por dólares em caso de tais mudanças.
O BCRA afirmou que sua decisão foi tomada considerando o contexto financeiro e de liquidez, bem como as expectativas de inflação, o fortalecimento fiscal e os impactos monetários decorrentes dos pagamentos externos do Tesouro neste trimestre.
O governo projeta uma queda na inflação para 5,8% em maio, conforme mencionado pelo vice-presidente do banco central, Vladimir Werning, durante uma apresentação para investidores em Washington.
O Ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou que, em prol da redução da inflação, os aumentos programados nas tarifas de gás e eletricidade, bem como nas tarifas de ônibus, serão adiados, juntamente com o aumento no imposto sobre combustíveis.