Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Em meio à nova ofensiva russa contra o norte de Kharkiv, um ataque do Exército da Rússia resultou na morte de duas pessoas e deixou treze feridas, segundo autoridades da cidade afetada. O violento incidente ocorreu logo após o presidente Vladimir Putin assegurar que não têm nenhuma intenção de tomar o território.
“Já temos dois mortos e treze feridos”, informou Ígor Teréjov, prefeito de Kharkiv, por meio de sua conta no Telegram. Ele também detalhou que vários incêndios foram registrados nos locais onde os projéteis atingiram. Por sua vez, o governador da província de Kharkiv, Oleg Sinegubov, informou que os russos lançaram dois mísseis antiaéreos sobre o distrito de Jolodnohirski e que entre os treze feridos, há quatro em estado grave.
O exército russo conseguiu expandir a zona de hostilidades ativas em quase 70 quilômetros. Após seu rápido avanço, a Ucrânia alertou sobre as perigosas consequências que teria se a cidade de Kharkiv, situada a cerca de 30 quilômetros da fronteira e de grande importância estratégica, caísse nas mãos do Kremlin, que já tomou o controle sobre várias localidades.
Putin negou que a renovada ofensiva sobre a província de Kharkiv tenha como objetivo tomar a capital homônima, mas sim estabelecer uma zona tampão para evitar que as forças ucranianas continuem bombardeando as cidades fronteiriças russas.
Segundo agências de notícias russas, Putin explicou: “Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, também é culpa deles, porque atacam e, infelizmente, continuam bombardeando áreas residenciais dos territórios fronteiriços, incluindo Bélgorod”.
Se a situação em Kharkiv continuar como até agora, as autoridades ucranianas disseram que terão que recorrer à Polônia para receber assistência humanitária para os milhares de deslocados que fogem dos combates.
“Solicito que o governo polonês sinta, como então, a gravidade da situação atual. Nos espera um inverno difícil, porque o inimigo destruiu nossas usinas elétricas”, expressou a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, em entrevista à agência de notícias polonesa PAP. “Kharkiv e outras cidades precisam de apoio energético e outros tipos de ajuda. Esta é uma cidade de um milhão de habitantes com 500.000 refugiados”, insistiu.
Vereshchuk relatou que um grande número de refugiados está se dirigindo à capital homônima da província de Kharkiv devido ao aumento dos ataques das tropas russas nas últimas semanas. “Essas pessoas perderam tudo”, lamentou.
“Eles saíram de Vovchansk sob bombardeio, de outros lugares, perderam suas casas, as infraestruturas foram destruídas. Vovchansk está quase completamente destruída. Isso significa uma nova onda de refugiados, mais mulheres e crianças. Ficarei grato se a Polônia olhar para a situação da mesma maneira”, confiou.
“Entendemos, no entanto, que batalhas intensas estão por vir e o inimigo está se preparando para isso. Portanto, devemos impedir um maior avanço das tropas inimigas mantendo firmemente as linhas e posições já ocupadas”, explicou a autoridade.
A Ucrânia precisa de mais tropas, armamentos e munições para enfrentar essa estratégia de enfraquecimento russa. Os ataques russos deixaram o exército ucraniano lutando para desviar tropas de outras áreas do front e recorrer às suas escassas reservas de pessoal. Por isso, o governo iniciou a tomada de medidas controversas para tentar resolver o problema.
(Com informações da Europa Press)