A região dos Campos Flégreos, situada em um antigo vulcão no golfo de Pozzuoli, próximo a Nápoles, foi novamente abalada nesta quarta-feira (22) por um terremoto de magnitude 3,4 na escala Richter. Este novo tremor ocorre em meio a um “enxame de atividade sísmica” que teve início na última segunda-feira (20) no sul da Itália.
Desde o começo dessa atividade sísmica, mais de 160 tremores de menor intensidade foram registrados, sendo 150 deles entre 19h51 e 0h31, e outros 15 posteriormente, causando pânico entre os moradores. Até o momento, foram constatados apenas danos estruturais, sem relatos de vítimas.
De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o tremor mais recente ocorreu por volta das 8h28 (horário local) a uma profundidade de cerca de quatro quilômetros, sendo sentido claramente em muitos bairros de Nápoles e em várias cidades próximas.
Muitos residentes passaram a segunda noite ao ar livre devido à enxurrada de terremotos, incluindo um de magnitude 4,4 na escala Richter, o mais forte a atingir a área em 40 anos.
Até agora, 46 famílias foram evacuadas de 27 edifícios após inspeções estruturais. Além disso, 138 detentas da penitenciária feminina de Pozzuoli foram transferidas temporariamente para outras prisões na Campânia.
Os Campos Flégreos, conhecidos em inglês como Campi Flegrei, estão atualmente afetados pela elevação do solo e intensa atividade sísmica na zona vulcânica.
O Golfo de Nápoles, situado entre o grande vulcão Vesúvio e os Campos Flégreos, uma caldeira com cerca de 20 crateras, muitas delas submarinas, recebeu o nome “terra em chamas” dos antigos Gregos. A região, habitada por meio milhão de pessoas, está passando por um fenômeno de ‘bradisismo’, caracterizado pela elevação do solo devido ao acúmulo de gás e magma nas profundezas.