Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Nesta sexta-feira (24), a China afirmou que as atuais manobras militares, que envolvem o cercamento de Taiwan por navios e aviões, têm como objetivo testar a capacidade de “tomar o poder” na ilha. Os exercícios têm como objetivo avaliar a “capacidade de tomar o poder e realizar ataques conjuntos, bem como controlar territórios chave”, afirmou o porta-voz do teatro de operações oriental do Exército chinês, Li Xi.
Na quinta, o exército da China anunciou que as manobras estão ocorrendo “no Estreito de Taiwan, ao norte, sul e leste da ilha de Taiwan, bem como nas áreas próximas das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin”, que estão em proximidade com a costa oriental chinesa.
O porta-voz da China caracterizou os exercícios como uma “punição severa para os atos separatistas das forças da ‘independência de Taiwan’ e uma advertência severa contra a interferência e provocação de forças externas”.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan declarou na quinta que enviou “forças marítimas, aéreas e terrestres em resposta (…) para defender a liberdade, a democracia e a soberania” da ilha e assegurou que “todos os oficiais e soldados do exército nacional estão preparados para a guerra”.
As manobras tiveram início 3 dias após o discurso de posse do novo presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, no qual afirmou que Pequim precisa “enfrentar a realidade da existência da República da China”, o nome oficial de Taiwan.
O território, com uma população de 23 milhões de habitantes, opera como uma entidade política soberana, com diplomacia e exército próprios, apesar de oficialmente não ser independente. Pequim considera a ilha uma província sua, que deve ser reunificada, pela força, se necessário.