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Nova Lei de Comunicação de Cuba Proíbe Divulgação de Conteúdos Contra o Estado Socialista

Foto: Criador de Imagens do Bing

A controversa Lei de Comunicação Social de Cuba, que ignora a imprensa não oficial e permite a publicidade comercial pela primeira vez desde o triunfo da revolução comunista em 1959, foi publicada nesta quarta-feira na Gazeta Oficial, mais de um ano após sua aprovação parlamentar.

A legislação, acompanhada de dois decretos regulatórios, é a primeira de seu tipo na ilha em 70 anos. Ela combina o alinhamento político dos meios autorizados, a regulamentação dos fenômenos digitais (incluindo influenciadores) e uma certa abertura para permitir a publicidade e os patrocínios comerciais.

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A lei, que entrará em vigor em 120 dias, foi aprovada por unanimidade em maio de 2023 na Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP, Parlamento unicameral) após trinta versões preliminares e um atraso de meio ano em sua tramitação parlamentar devido à falta de consenso interno.

O vice-presidente do Instituto de Informação e Comunicação Social (IICS), Onelio Castillo, afirmou em uma coletiva de imprensa ao anunciar a publicação da lei que se tratava de uma “jornada transcendental” após um longo processo guiado pela “decisão política” do Partido Comunista de Cuba (PCC, único legal).

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“Cuba não apenas tem uma Lei de Comunicação Social e dois regulamentos que vão implementar juridicamente uma vontade política, mas também encerra um ciclo muito importante de 40 anos de debate”, declarou Castillo, referindo-se à lei como um “instrumento extremamente complexo”.

Questionado sobre o assunto, o vice-presidente do IICS negou que a lei tenha tido modificações substanciais no último ano. Ele mesmo havia afirmado em outubro passado que a normativa estava passando por um “processo de revisão e correção de estilo”, conforme publicado pelo diário oficial Granma.

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“A lei não tem nenhuma mudança substancial que altere sua essência” nem “qualquer transformação que signifique quebrar a vontade” dos deputados, assegurou Castillo, esclarecendo que as modificações menores introduzidas estão associadas ao debate que ocorreu na ANPP em torno da lei.

O texto foi duramente criticado por diversas ONGs e meios fora da órbita estatal, que argumentam que censura os conteúdos contrários à narrativa oficial e deixa à deriva os jornais digitais independentes.

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A normativa proíbe, entre outras coisas, a divulgação de informações que possam “desestabilizar o Estado socialista” tanto nos meios de comunicação quanto no “ciberespaço”. Além disso, destaca que só é permitida a legalidade dos meios vinculados ao Estado, ao PCC e às organizações de massas, na órbita do partido.

A Constituição cubana de 2019 estabelece que os meios nacionais “são de propriedade socialista” e “não podem ser objeto de outro tipo de propriedade”.

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(Com informações da EFE)

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