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“Por enquanto, é propaganda”: Argentina nega entrada de brasileiros condenados pelo 8 de Janeiro

(Pixabay)

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O governo argentino afirmou neste sábado (8) não ter conhecimento sobre a presença de brasileiros envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de janeiro que, segundo investigações da Polícia Federal brasileira, pediram refúgio no país vizinho.

“Até agora, não temos nenhuma informação desse tipo. Não temos alerta vermelho sobre essas pessoas”, afirmou a ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, em entrevista à Rádio Mitre.

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A declaração de Bullrich vem após a Polícia Federal brasileira anunciar que enviaria à Argentina um pedido de extradição de brasileiros condenados pelos ataques em Brasília. A ministra argentina, no entanto, questiona a existência de um processo formal de extradição.

“Uma coisa é que o Brasil peça (a extradição), outra é que haja já um processo, uma condenação. É difícil pedir extradição se não uma causa judicial, ou um alerta de algum tipo. Também não temos nenhuma lista (de brasileiros). Por enquanto, isso se mantém como uma propaganda, mas não em um fato jurídico”.

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Fugitivos brasileiros na Argentina:

A Polícia Federal brasileira identificou 65 brasileiros que solicitaram asilo político na Argentina após serem condenados pelos atos de 8 de janeiro. As investigações indicam que os foragidos entraram no país vizinho de diversas maneiras, como escondidos em porta-malas de carros, cruzando a fronteira a pé ou nadando pelo rio Paraná.

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Os pedidos de refúgio estão em análise pelo Ministério do Interior argentino e, até o momento, os foragidos receberam autorização para permanecer no país provisoriamente. Isso significa que eles têm direito a moradia, trabalho, estudo e acesso aos serviços públicos enquanto aguardam a decisão sobre o pedido de asilo.

Prisão de envolvidos:

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Na última quinta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão de 208 pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro por descumprimento de medidas cautelares. Entre os foragidos, alguns teriam quebrado as tornozeleiras eletrônicas impostas pelo STF e fugiram para a Argentina ou para o Uruguai.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a inclusão dos fugitivos na difusão vermelha da Interpol, ferramenta internacional de busca e captura.

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