Quatro professores da universidade de arte privada Cornell College, localizada no estado norte-americano de Iowa, ficaram feridos em um ataque a faca ocorrido em um parque na cidade chinesa de Jilin, onde estavam como parte de um programa de intercâmbio educacional.
O presidente da escola, Jonathan Brand, informou que os feridos estavam acompanhados por um membro do corpo docente da instituição parceira quando sofreram o ataque “em um incidente grave”. “Estamos em contato com eles e prestando assistência”, afirmou.
A porta-voz da escola, Jen Visser, detalhou em declarações à rede de televisão americana CNN que o incidente ocorreu em Jilin e que a escola parceira é a Universidade de Beihua.
O Departamento de Estado dos EUA indicou que está ciente dos relatos e monitorando a situação, segundo um porta-voz.
A representante de Iowa, Ashley Hinson, que representa o distrito onde se localiza a universidade de origem, afirmou que os professores “foram brutalmente esfaqueados”. “Minha equipe está em comunicação com o Cornell College e faremos tudo o que for possível para trazê-los para casa sãos e salvos”, acrescentou.
Um legislador do estado de Iowa publicou uma declaração no Instagram dizendo que seu irmão, David Zabner, ficou ferido durante o ataque com faca em Jilin. O representante Adam Zabner descreveu seu irmão como um estudante de doutorado na Universidade de Tufts que estava na China sob o programa de intercâmbio Cornell-Beihua.
“Conversei com David há alguns minutos, ele está se recuperando de seus ferimentos e está bem”, escreveu Adam Zabner, acrescentando que seu irmão estava agradecido pelo atendimento recebido no hospital.
A notícia do incidente foi suprimida na China, onde o governo mantém controle sobre a informação de qualquer assunto considerado sensível. A mídia não havia reportado o caso. Algumas contas nas redes sociais publicaram relatos da mídia estrangeira sobre o ataque, mas uma hashtag sobre o incidente foi bloqueada em um portal popular e fotos e vídeos do ocorrido foram rapidamente removidos.
A governadora de Iowa, Kim Reynolds, indicou que está em contato tanto com a delegação federal do estado quanto com o Departamento de Estado dos EUA “em resposta a esse ataque horrível”. “Oremos por sua total recuperação, retorno seguro e por suas famílias aqui em casa”, expressou.
Horas após a divulgação da notícia, a China declarou que o ataque aos professores norte-americanos na cidade de Jilin foi um incidente “isolado” e prometeu que Pequim protegeria a segurança dos estrangeiros no país.
“A polícia considerou preliminarmente que se tratava de um caso isolado. Novas investigações estão em andamento”, declarou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, acrescentando que o incidente “não afetará o desenvolvimento normal dos intercâmbios interpessoais entre China e Estados Unidos”.
A cidade de Jilin, localizada no nordeste da China, é a capital da província homônima e uma localidade de importância histórica e cultural. Também é um centro econômico em expansão, com uma base industrial diversificada que inclui setores como produção de automóveis, petroquímico e farmacêutico.
(Com informações da EFE)