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Um barco que transportava migrantes afundou-se na costa do Iêmen, deixando pelo menos 49 mortos e 140 desaparecidos. O barco de migrantes transportava cerca de 260 pessoas, a maioria da Somália e da Etiópia que faziam uma viagem de cerca de 320 quilómetros (200 milhas) e afundou no Golfo de Áden quando afundou na segunda-feira (10).
A informação foi divulgada pela Organização Internacional para as Migrações da ONU na tarde desta terça-feira (11).
Entre os mortos estavam 31 mulheres e 6 crianças. O Iêmen é uma das principais rotas para migrantes africanos que tentam chegar aos países do Golfo Pérsico para trabalhar.
De acordo com a ONU, todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África, que tentam fugir dos conflitos, dos desastres naturais e da pobreza, arriscam as vidas em viagens pelo Mar Vermelho para tentar chegar aos países do Golfo.
2 embarcações naufragaram na costa do Djibuti e dezenas de pessoas morreram em abril. Em 2023, a OIM registrou pelo menos 698 mortes nesta rota migratória.
Os migrantes que conseguem atravessar o Mar Vermelho e chegar ao Iêmen enfrentam inúmeros desafios adicionais, já que este é o país mais pobre da península arábica e tem sido palco de uma guerra civil há quase uma década.
O objetivo desses migrantes é alcançar países mais ricos, como Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos, onde buscam trabalho no setor de construção ou como empregados domésticos.
Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas de serem responsáveis pela morte de “centenas” de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino a partir do Iêmen entre março de 2022 e junho de 2023. Riad contestou o relatório da ONG, afirmando que as conclusões não se baseavam em fontes confiáveis.