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Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, afirmou na tarde desta sexta-feira (14) que a proposta da Rússia sobre a Ucrânia, apresentada hoje, não é vista como pacífica pela aliança militar ocidental, que continuará fornecendo apoio militar a Kiev.
De acordo com o chefe da OTAN, a condição para a retirada completa das forças da Ucrânia das “novas regiões russas”, que na verdade são ucranianas e foram tomadas, para pôr fim ao conflito, expressa nesta sexta por Putin, será “a realização dos objetivos militares da Rússia”.
“Não cabe à Ucrânia retirar suas forças do território ucraniano. Cabe à Rússia retirar suas forças do território ucraniano ocupado”, afirmou Stoltenberg.
De acordo com o chefe da OTAN, o cumprimento da proposta de Putin por parte da Ucrânia significaria que “os russos têm o direito de ocupar ainda mais territórios ucranianos”.
“Portanto, isso mostra que não se trata de uma proposta feita de boa fé. É uma proposta que, na verdade, significa que a Rússia deveria atingir seus objetivos de guerra esperando que a Ucrânia ceda significativamente mais território”, completou.
As condições de Putin são: “A neutralidade, o não alinhamento, a desnuclearização da Ucrânia, bem como a sua desmilitarização e desnazificação”, o reconhecimento de novas realidades territoriais tomadas pelos russos, ou seja, a Crimeia, Sebastopol, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, as províncias de Zaporozhie e Kherson devem ser reconhecidas como partes da Rússia, bem como o cancelamento de todas as sanções ocidentais.