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Mark Rutte será o próximo secretário-geral da OTAN após retirada de concorrente

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O presidente romeno Klaus Iohannis anunciou nesta quinta-feira (20) que retirou sua candidatura à liderança da aliança militar da OTAN e manifestou apoio ao favorito para o cargo, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

Iohannis comunicou sua decisão durante uma reunião do Conselho Supremo de Defesa Nacional, afirmando que informou os aliados da OTAN sobre sua retirada no final da semana passada, conforme declaração da Presidência da Romênia traduzida pela Gazeta Brasil.

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Essa movimentação efetivamente abre caminho para o atual primeiro-ministro holandês, Rutte, assumir a posição de liderança na coalizão militar da OTAN, composta por 32 membros e liderada pelos Estados Unidos, quando o atual Secretário-Geral Jens Stoltenberg encerrar seu mandato em 1º de outubro, após 10 anos no cargo.

Os secretários-gerais precisam do apoio unânime dos aliados da OTAN. Iohannis havia anunciado suas intenções de participar da corrida pela liderança da coalizão em março, defendendo os méritos de uma perspectiva renovada do Leste Europeu diante da guerra em curso na vizinha Ucrânia. Iohannis, 65 anos, está encerrando seu segundo mandato de cinco anos à frente da Romênia, que terá eleições nacionais em setembro.

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Rutte, um aliado firme da Ucrânia, tem sido amplamente considerado o favorito na competição pelo cargo de alto escalão na OTAN, mas enfrentou — e recentemente superou — a oposição da Hungria, que mantém laços mais amistosos com a Rússia. Duas semanas atrás, Budapeste concordou em não bloquear o apoio militar mais profundo da OTAN à Ucrânia, em troca de não participar.

Dias depois, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban — auto-proclamado pacificador — anunciou que Rutte havia se comprometido a honrar este acordo e confirmou o apoio da Hungria à candidatura do primeiro-ministro holandês como resultado.

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“Ao término da reunião de ontem em Bruxelas, o primeiro-ministro Mark Rutte confirmou que apoia integralmente este acordo e continuará a fazê-lo, caso venha a se tornar o próximo Secretário-Geral da OTAN. Em vista desse compromisso, a Hungria está pronta para apoiar a candidatura de Rutte”, disse Orban.

O mandato de Stoltenberg termina em um momento crítico para a aliança, que enfrenta o desafio contínuo de responder à guerra na Ucrânia. Embora Kiev não seja membro da coalizão — e não possa aderir enquanto um conflito ativo ocorre em suas fronteiras — os aliados da OTAN consideram amplamente Moscou uma ameaça à segurança europeia, caso o conflito se estenda para a região mais ampla. Essa possibilidade já levou ao aumento da coalizão, com Finlândia e Suécia abandonando suas políticas de neutralidade para se juntar à OTAN nos mais de dois anos desde a invasão da Ucrânia.

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A OTAN receberá um novo secretário-geral apenas um mês antes de eleições decisivas nos Estados Unidos, que poderão redefinir radicalmente os laços entre a aliança e a maior economia do mundo. O presidente em exercício na Casa Branca, Joe Biden, que está concorrendo a um segundo mandato, tem sido um forte defensor de Kiev. Entre outras medidas, sua administração aprovou uma importante lei de ajuda externa que destinou mais de $60 bilhões para a Ucrânia, e a Casa Branca nas últimas semanas removeu algumas restrições ao uso defensivo de armas fornecidas à Ucrânia contra alvos nos territórios russos.

O ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump já fez duras críticas à OTAN e aos aliados que não atingiram a meta formal de gastos da coalizão, equivalente a 2% de seus PIBs. Ele também ameaçou cortar drasticamente o financiamento dos EUA para a Ucrânia.

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