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Além de serem isentos do recrutamento, os ultraortodoxos, conhecidos em hebraico como “haredim”, também gerem seu próprio sistema educacional.
No entanto, para os nove juízes da Suprema Corte de Israel, a ausência de uma lei que diferencie seminaristas de outras pessoas em idade de serviço militar elimina a base legal para a isenção até agora concedida à minoria ultraortodoxa, tornando necessário que também cumpram o serviço militar obrigatório.
“Na ausência de um marco legal adequado, o Poder Executivo não tem poder para ordenar a não aplicação da Lei do Serviço Militar aos estudantes das escolas talmúdicas”, estabeleceu a Corte Israelense, acrescentando que “o Estado deve agir para aplicar a lei”.
O Supremo Tribunal de Israel ainda argumentou que, em meio à guerra, a situação da isenção criava uma desigualdade perigosa para o país.
“Na situação atual, o incumprimento da lei do serviço militar cria uma grande discriminação entre aqueles que são obrigados a fazê-lo e aqueles para quem não são tomadas medidas para os mobilizar”, argumentou o Supremo Tribunal. “Neste momento, no meio de uma guerra difícil, o fardo dessa desigualdade de encargos é mais acentuada do que nunca — e exige a aplicação de uma solução duradoura para a questão”, escreveram os juízes em sua decisão.