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No último sábado (29), ataques suicidas no estado de Borno, no norte da Nigéria, resultaram na morte de pelo menos 18 pessoas e deixaram dezenas de feridos, de acordo com informações da Al Jazeera. Segundo um porta-voz da polícia estadual de Borno, as bombas foram detonadas por mulheres e visaram um casamento, um funeral e um hospital na cidade de Gwoza, próxima à fronteira com Camarões.
“A primeira explosão ocorreu no casamento, aparentemente realizada por uma mulher que chegou ao local com um bebê nas costas”, disse o porta-voz. “O último dos três ataques ocorreu no funeral das vítimas do atentado ao casamento, algumas horas antes.”
Apesar de nenhum grupo terrorista ter reivindicado responsabilidade até o momento, o método utilizado sugere semelhança com táticas do grupo armado islâmico Boko Haram, conhecido por empregar mulheres e crianças em seus ataques. A facção Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP), afiliada ao Boko Haram, também é ativa em Borno.
Autoridades locais de emergência relatam que entre os mortos estão crianças, homens e mulheres, incluindo algumas mulheres grávidas. Os ataques deixaram pelo menos 19 pessoas gravemente feridas, levadas ao hospital regional em Maiduguri, a capital de Borno, enquanto outras 23 aguardavam evacuação.
Borno, uma região conhecida pela violência, enfrenta um aumento significativo de ataques há mais de 15 anos. No nordeste da Nigéria, os atentados já causaram cerca de 40 mil mortes e forçaram dois milhões de pessoas a se deslocarem.
Em um incidente anterior em 2019, um ataque suicida atribuído ao Boko Haram resultou na morte de 30 pessoas na mesma região.