O furacão Beryl se fortaleceu e se tornou a segunda tempestade de categoria 5 do Oceano Atlântico já registrada em julho, causando devastação nas Ilhas Windward, onde pelo menos uma pessoa morreu.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), a intensidade do Beryl só é comparável ao furacão Emily, que atingiu a categoria 5 em 17 de julho de 2005. Na noite de segunda-feira (1º de julho), o NHC alertou que a tempestade se tornou “ainda mais forte” enquanto se move rapidamente pelo sudeste do Caribe, com ventos a apenas 3 km/h de se tornarem oficialmente classificados como categoria 5.
“É provável que haja flutuações na força do furacão durante o próximo dia, mas Beryl deve permanecer como um grande furacão extremamente perigoso enquanto se move pelo leste do Caribe”, disse o centro.
Beryl atingiu a costa pouco depois das 11h (horário de Brasília) na segunda-feira (1º de julho) na Ilha Carriacou, em Grenada, no Mar do Caribe, com ventos máximos de 240 km/h. É o furacão mais forte já registrado passando pelas Granadinas, de acordo com dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA que datam de 1851.
O primeiro-ministro de Grenada, Dickon Mitchell, disse em uma coletiva de imprensa na segunda-feira que houve “amplos relatos de destruição e devastação em Carriacou e Petite Martinique”. “Em meia hora, Carriacou foi arrasada”, afirmou.
Mitchell disse que não havia relatos imediatos de mortes ou feridos em Grenada, mas alertou que isso poderia mudar. “É preciso levar em conta a ferocidade e a força do furacão, portanto, ainda não estamos seguros”, disse ele.
Pelo menos uma morte foi confirmada em São Vicente e Granadinas, e centenas de casas e edifícios foram danificados, anunciou o primeiro-ministro Ralph Gonsalves na noite de segunda-feira, observando que pode haver mais vítimas fatais.
O furacão Beryl “deixou um rastro de imensa destruição, dor e sofrimento em toda a nossa nação neste momento”, disse ele. A Ilha da União, ao norte de Grenada, foi devastada, com relatos indicando que 90% das casas foram gravemente danificadas ou destruídas, disse Gonsalves.
A tempestade também causou cortes de energia em todas as Ilhas Windward.
Todas as escolas e comércios estão fechados, incluindo o aeroporto, disse a secretária, acrescentando que apenas hospitais e a força policial nacional estão operando no momento. O aeroporto registrou uma velocidade média do vento de 148 km/h e uma rajada de 195 km/h na tarde de segunda-feira, de acordo com o NHC.
A chegada de Beryl marca um início excepcionalmente precoce para a temporada de furacões no Atlântico. No domingo, tornou-se a tempestade de Categoria 4 mais antiga já registrada no Oceano Atlântico e a única Categoria 4 no mês de junho. As águas anormalmente quentes do oceano que facilitaram o fortalecimento alarmante de Beryl são um claro indicador de que esta temporada de furacões será longe do normal em um mundo que aquece devido à poluição por combustíveis fósseis.
As autoridades da República Dominicana colocaram quatro províncias em alerta amarelo, pedindo à população que esteja preparada para se dirigir a um local seguro se estiverem em uma área de alto risco. Dez províncias, incluindo a capital, Santo Domingo, enfrentam um alerta “verde” de menor risco. A tempestade deve chegar à parte sul da República Dominicana até as 8h da terça-feira (2 de julho), trazendo fortes chuvas e ventos fortes. Wagner Rivera, meteorologista.
🚨🚨Wow hurricane #Beryl
Hurricane Beryl now nearing category 5 strength as it slams the Windward Islands with catastrophic wind and storm surge. Beryl continues to break records for being the strongest storm this early in the season in the Atlantic basin.
This is in… pic.twitter.com/PKE63xvSIB — Ospina-Lutz (@gocondo) July 2, 2024
*Com informação de agências internacionais