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Na Grécia, uma nova reforma legislativa entra em vigor nesta segunda-feira (1º), exigindo que os trabalhadores aumentem suas jornadas. Agora, mais empresas podem impor uma semana de trabalho de seis dias, com apenas 1 dia de folga semanal no país europeu.
Essa medida contrasta com a tendência global de adoção de jornadas mais curtas, como as de quatro dias, observadas em muitos países europeus como Alemanha, Bélgica, França, Islândia e Reino Unido.
O governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis defende que essa iniciativa é crucial para impulsionar a produtividade e o emprego em um país que enfrenta o envelhecimento da população e uma redução no número de trabalhadores qualificados, exacerbada pela crise econômica iniciada em 2009. Desde então, estima-se que meio milhão de jovens gregos com alto nível educacional tenham emigrado em busca de oportunidades fora do país.
Apesar das justificativas governamentais, a reforma tem sido duramente criticada por sindicatos de trabalhadores, que a veem como um retrocesso nos direitos trabalhistas, em nome da flexibilidade. A medida amplia ainda mais as já longas jornadas de trabalho na Grécia, que lidera o ranking europeu com uma média de 41 horas semanais, embora com salários comparativamente baixos.
A nova legislação se aplicará principalmente a empresas privadas operando 24 horas por dia, sete dias por semana, excluindo setores como turismo e serviços de alimentação.
Os funcionários que aderirem ao esquema de seis dias terão a opção de trabalhar horas adicionais diárias ou um turno extra, recebendo um adicional significativo sobre o salário base, podendo chegar a 115% em feriados, de acordo com dados da Fortune.