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Itamaraty condena ataque a hospital infantil em Kiev e clama por respeito ao direito internacional, sem mencionar a Rússia

Foto: Reprodução/@ZelenskyyUa/X

O Itamaraty condenou o bombardeio russo que atingiu o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, na segunda-feira (8). O ataque ocorreu em meio a uma série de mísseis direcionados a várias cidades da Ucrânia.

Ao menos 28 pessoas, incluindo três crianças, foram mortas nas ofensivas à capital, conforme a administração militar de Kiev. No ataque ao hospital infantil, duas pessoas foram mortas e pelo menos 16 ficaram feridas. Pelo menos outras dez morreram em ataques simultâneos pelo país.

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“O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares”, disse o ministério em comunicado, sem citar a Rússia.

A Rússia nega autoria pelo ataque ao hospital e alega que a destruição foi causada por um sistema defeituoso de defesa aérea da Ucrânia.

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O Itamaraty pediu a ambas as partes do conflito que respeitem o direito internacional humanitário e a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, “que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias”.

“Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte”, continuou o comunicado.

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A instalação é o maior centro médico infantil da Ucrânia e tem sido vital no cuidado de algumas das crianças mais doentes de todo o país. Anualmente, cerca de 7.000 cirurgias – incluindo tratamentos para câncer e doenças hematológicas – são realizadas no hospital, de acordo com o ombudsman de direitos humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets.

Imagens do hospital mostram voluntários trabalhando com a polícia e serviços de segurança para vasculhar os escombros. A equipe se esforçava para levar as crianças a um local seguro após o ataque.

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O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, disse que unidades de terapia intensiva, departamentos de oncologia e unidades cirúrgicas foram danificados. Mais de 600 pacientes foram retirados do hospital, com mais de 100 transferidos para outras unidades de saúde, informou Liashko, segundo a agência de notícias estatal Ukrinform.

Os ataques fizeram parte de um raro bombardeio diurno em cidades ucranianas, algumas das quais são áreas densamente povoadas, longe das linhas de frente.

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O bombardeio russo ocorreu um dia antes de o presidente dos EUA, Joe Biden, sediar uma importante cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington, onde novos anúncios sobre o apoio militar, político e financeiro da aliança para Kiev são esperados.

“É fundamental que o mundo continue a apoiar a Ucrânia neste momento importante e que não ignoremos a agressão russa”, disse Biden, observando que se encontraria com Zelensky durante a cúpula “para deixar claro que nosso apoio à Ucrânia é inabalável”.

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“Juntamente com nossos aliados, anunciaremos novas medidas para fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, para ajudar a proteger suas cidades e civis de ataques russos”, acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que Moscou atacou “instalações industriais militares da Ucrânia e bases aéreas das forças armadas ucranianas” usando armas de longo alcance e alta precisão.

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Testemunhas relataram desespero: as janelas foram quebradas e os painéis arrancados. Pais segurando bebês saíram para a rua, atordoados e soluçando.

“Ouvimos uma explosão e depois fomos cobertos por destroços”, disse Svitlana Kravchenko, 33 anos, à Reuters, após ela e seu marido, Viktor, saírem do abrigo. O bebê de dois meses saiu ileso, mas Svitlana sofreu cortes e o carro ficou totalmente enterrado sob os escombros do prédio destruído, do outro lado do pátio da ala principal.

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“Foi assustador. Eu não conseguia respirar, estava tentando cobrir (meu bebê). Eu estava tentando cobri-lo com esse pano para que ele pudesse respirar”, relatou.

Leia a nota do Itamaraty na íntegra:
“O governo brasileiro condena o bombardeio que atingiu hoje o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, que resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças. O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares.

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O Brasil exorta as partes no conflito a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário, inclusive a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.

O governo brasileiro continua a defender o diálogo e uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte.”

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