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O governo da Rússia criticou na manhã desta quinta-feira (11) o comunicado final da cúpula da Otan em Washington, que define a futura adesão da Ucrânia como “irreversível”, e disse que a aliança militar do Ocidente representa uma “séria ameaça” a Moscou.
“Serão necessárias medidas ponderadas, coordenadas e eficazes para conter a Otan”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “Se simplificarmos um pouco a formulação da decisão da Otan segundo a qual a Ucrânia se tornará definitivamente um membro da aliança, então é óbvio que ela persegue um de seus objetivos principais: a supressão da Rússia”, completou.
De acordo com Peskov, as infraestruturas militares da Otan estão “constantemente e progressivamente se deslocando” em direção às fronteiras russas.
“A Otan está plenamente envolvida no conflito na Ucrânia. Precisamos lidar com uma aliança muito poderosa de Estados que pratica uma política hostil”, afirmou o porta-voz.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, disse que Moscou deve se empenhar para fazer a Ucrânia e a Otan “desaparecerem”.
O comunicado final da reunião da Otan define uma possível adesão de Kiev como “irreversível”, porém sem estabelecer prazos, e ainda acusa a China de fornecer apoio “material e político” à Rússia.