O governo argentino, por meio de um comunicado emitido pelo escritório do presidente Javier Milei nesta sexta-feira, oficializou o grupo islâmico Hamas como uma organização terrorista internacional. A decisão foi registrada no Registro Público de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo e seu Financiamento (Repet).
Segundo o comunicado, o Hamas foi responsável pelo brutal ataque ocorrido em 7 de outubro do ano passado contra Israel. Este episódio, que resultou na morte de cerca de 1,2 mil civis e no sequestro de mais de 250 pessoas, foi descrito como uma das piores tragédias humanitárias na região, comparável ao Holocausto. A ação desencadeou um conflito em larga escala na Faixa de Gaza, deixando um saldo devastador de dezenas de milhares de mortos.
O Hamas, uma organização que se autodefine como jihadista, nacionalista e islâmica, tem como objetivo estabelecer um Estado islâmico na histórica Palestina e considera Israel como uma potência ocupante a ser eliminada dos territórios palestinos. A nova classificação pelo governo argentino também destacou a longa história de ataques terroristas atribuídos ao grupo na região.
Até o momento, mais de 100 pessoas permanecem sequestradas na Faixa de Gaza desde o ataque de outubro, incluindo duas crianças com menos de 5 anos e aproximadamente 20 mulheres. Infelizmente, outros 43 sequestrados foram confirmados como mortos.