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Guerra Fria 2.0? ‘Capitais Europeias na Mira de Nossos Mísseis’, ameaça Rússia

© Mikhail Metzel/Russian Presidential Press and Information Office/TASS

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O Kremlin alertou neste sábado que a decisão anunciada esta semana de implantar mísseis de longo alcance dos Estados Unidos na Alemanha pode tornar as capitais europeias alvos militares da Rússia, reacendendo uma confrontação semelhante à Guerra Fria.
“A Europa está na mira de nossos mísseis. Nosso país está na mira dos mísseis estadunidenses implantados na Europa. Já passamos por isso (…). Temos potencial suficiente para conter esses mísseis, mas as vítimas potenciais são as capitais desses estados”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Durante a cúpula da OTAN, Washington e Berlim anunciaram na quarta-feira que iniciarão o desdobramento pontual de mísseis de longo alcance dos Estados Unidos na Alemanha em 2026.

No comunicado, Estados Unidos e Alemanha mencionaram que este plano inclui o desdobramento dos mísseis SM-6, Tomahawk e armas hipersônicas em desenvolvimento, aumentando o alcance dos projéteis atualmente implantados na Europa.

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O Kremlin condenou a decisão na quinta-feira, criticando-a como um retorno à “Guerra Fria”, e os ministros da Defesa da Rússia, Andrei Belousov, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, falaram por telefone para discutir a redução do risco de uma “possível escalada”, informou Moscou na sexta-feira.

O Pentágono enfatizou “a importância de manter linhas de comunicação” com a Rússia, em meio ao conflito na Ucrânia, apoiado pelas potências ocidentais desde que Moscou lançou uma operação militar em fevereiro de 2022.

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“Sim, será assim”, respondeu o jornalista russo do canal Rossiya 1, Pável Zarubin, intimamente ligado à Presidência russa, quando perguntado se Moscou responderá a essa iniciativa apontando seus mísseis para a Europa.

Segundo Peskov, isso é “uma situação paradoxal” herdada de tempos passados.

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“Os EUA implantavam esses tipos de mísseis, de várias classes e alcances, mas tradicionalmente apontando para nosso país. Nós, por nossa vez, escolhíamos alvos europeus para os nossos”, explicou.

Além disso, ele observou que “a Europa está agora se desfazendo nas costuras. A Europa não está passando por seus melhores momentos agora”.

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“Por isso, de uma forma ou de outra, é inevitável que a história se repita”, sugeriu, insinuando que essa crise poderia levar à desintegração da União Europeia.

A Casa Branca anunciou na quarta-feira que os Estados Unidos iniciarão a partir de 2026 na Alemanha o desdobramento gradual de suas armas de longo alcance no âmbito do Grupo de Trabalho Multidomínio.

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Quando totalmente desenvolvidas, essas unidades de fogo convencionais de longo alcance incluirão SM-6, Tomahawk e armas hipersônicas, com alcance de até 2.500 quilômetros.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou na sexta-feira os temores de que esse desdobramento de mísseis de longo alcance dos Estados Unidos em seu país possa provocar uma escalada com Moscou.

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No entanto, a Rússia reagiu imediatamente com a promessa de uma “resposta militar”.

(Com informações da AFP e EFE)

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