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Ucrânia e Rússia realizaram uma troca de 95 prisioneiros de guerra de cada lado, conforme anunciado por autoridades dos dois países nesta quarta-feira (17). Este evento ocorre 3 semanas após a última troca, em meio a acordos esporádicos que visam repatriar tropas capturadas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Ministério da Defesa russo confirmaram a troca.
Esta foi a 54ª troca de prisioneiros de guerra desde que a Rússia iniciou a invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Os encontros entre as autoridades dos dois países em guerra ocorrem apenas para tratar da troca de mortos e prisioneiros de guerra, após longa preparação e diplomacia. Nem a Ucrânia nem a Rússia divulgam o número total de prisioneiros de guerra.
Em uma publicação no Telegram, Zelensky mencionou que os Emirados Árabes Unidos mediaram novamente os acordos. Os Emirados Árabes mantêm relações amistosas tanto com Moscou quanto com Kiev.
O presidente ucraniano divulgou fotos de militares ucranianos, em sua maioria magros, com cabeças raspadas e envolvidos em bandeiras nacionais, em uma área aberta no campo.
Entre os ucranianos libertados, havia alguns que estavam em cativeiro há mais de dois anos, capturados em Mariupol durante a ofensiva inicial da Rússia na região de Kiev e em batalhas na região leste de Luhansk, conforme informou o Quartel-General de Coordenação para Prisioneiros de Guerra da Ucrânia.
Desde o início da guerra, mais de 3.400 pessoas, incluindo civis e militares, retornaram do cativeiro russo, segundo o relatório.
O Ministério da Defesa russo informou que os soldados russos libertados serão transportados de avião para Moscou, onde receberão tratamento médico e reabilitação.
De acordo com a ONU, a maioria dos prisioneiros de guerra ucranianos enfrenta negligência médica rotineira, maus-tratos severos e sistemáticos, e até tortura durante a detenção. Há também relatos isolados de abusos contra soldados russos, principalmente durante a captura ou trânsito para locais de internação.
Em janeiro passado, Rússia e Ucrânia realizaram a maior troca de prisioneiros, envolvendo centenas de detidos.