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Um padre católico romano que atuou na Louisiana e no Texas foi preso esta semana na Flórida sob acusação de posse de imagens de abuso infantil e agora enfrenta novas alegações de agressão sexual no Texas. Na quinta-feira (18), a polícia de Waco informou que Anthony Odiong, de 55 anos, está sendo acusado em dois novos casos de agressão sexual, elevando o número total de vítimas a oito. Essas vítimas alegam que o padre tentou usar sua posição para obter relações sexuais sem consentimento.
A investigação que levou à prisão de Odiong começou após a publicação de uma reportagem no jornal britânico The Guardian em fevereiro, que detalhou alegações de coerção sexual, toque indesejado e abuso financeiro. Essas revelações levaram uma pessoa a acusar Odiong de agressão sexual ocorrida em 2012. Uma análise de seu e-mail revelou mensagens explícitas de outra mulher, o que levou a uma busca em sua conta iCloud, resultando na descoberta de imagens de abuso infantil.
No Texas, a lei proíbe atividades sexuais entre clérigos e adultos emocionalmente dependentes de seus conselhos espirituais. Além disso, permite acusações sem considerar prazos de arquivamento se houver múltiplas vítimas, facilitando novas acusações contra o padre.
Odiong foi ordenado na diocese de Uyo, Nigéria, em 1993, e começou a trabalhar na diocese de Austin, Texas, em 2006. Em 2015, foi transferido para Luling, Louisiana, após o então bispo Gregory Aymond se tornar arcebispo de Nova Orleans.
Apesar de ter acumulado uma legião de seguidores ao longo dos anos, a popularidade de Odiong não o protegeu das acusações. Várias vítimas se manifestaram contra ele, incluindo uma mulher que alegou ter sido abusada sexualmente em diferentes locais do país. A diocese de Austin proibiu Odiong de ministrar em 2019, e a arquidiocese de Nova Orleans fez o mesmo em dezembro de 2023.
Após a prisão de Odiong na cidade de Ave Maria, Flórida, na terça-feira (16), a arquidiocese de Nova Orleans afirmou que as acusações contra ele são baseadas em alegações relatadas em Waco. Contudo, pelo menos um dos novos acusadores reside em Luling, perto da arquidiocese de Nova Orleans.
Odiong permanece detido na Flórida, aguardando extradição para o Texas. Seu advogado ainda não foi localizado para comentar o caso. Em uma carta aberta nas redes sociais, o padre se declarou vítima de “uma campanha de difamação falsa, obscena e unilateral”.
A polícia de Waco e os advogados das vítimas acreditam que podem existir mais vítimas não identificadas.