A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou aos repórteres que o presidente estava “absolutamente não” considerando desistir.
E Quentin Fulks, o principal vice-gerente da campanha de Biden, enfatizou que “o presidente está nesta corrida para vencer. Ele é o candidato democrata”.
No dia seguinte ao debate presidencial, Biden reconheceu em um comício em Raleigh, Carolina do Norte, “Eu sei que não sou um jovem, para dizer o óbvio.”
“Pessoal, eu não ando tão facilmente como antes. Eu não falo tão suavemente como antes. Eu não debato tão bem como antes”, acrescentou Biden. “Mas eu sei o que sei. Eu sei como dizer a verdade. Eu sei o que é certo e o que é errado. E eu sei como fazer esse trabalho. Eu sei como fazer as coisas acontecerem. E eu sei, assim como milhões de americanos sabem, que quando você é derrubado, você se levanta.”
E o presidente, apontando para sua revanche de 2024 contra Trump, enfatizou: “Eu não estaria me candidatando novamente se não acreditasse com todo meu coração e alma que posso fazer esse trabalho.”
Mas Biden logo se deparou com uma série de pesquisas mostrando que sua posição contra Trump estava enfraquecendo, enquanto as preocupações sobre sua idade estavam crescendo.
O chocante anúncio do presidente encerra sua campanha presidencial de 2024, lançada em abril do ano passado.
E também aparentemente encerra uma carreira de meio século na política nacional.
Biden foi eleito pela primeira vez para o Senado representando seu estado natal, Delaware, em 1972. Durante suas quase quatro décadas no Senado, ele redigiu e conduziu a aprovação da Lei de Controle de Crime Violento e Lei de Proteção às Mulheres, presidiu comitês do Senado de Relações Exteriores e Judiciário e supervisionou seis audiências de confirmação da Suprema Corte.
Ele também se candidatou sem sucesso às nomeações presidenciais democratas de 1988 e 2008.
Após desistir da corrida de 2008, o então candidato presidencial democrata e senador Barack Obama nomeou Biden como seu companheiro de chapa. Biden serviu como vice-presidente do país por oito anos, quando ele e Obama venceram a eleição de 2008 e a reeleição em 2012.
Biden considerou, mas decidiu não concorrer à presidência no ciclo eleitoral de 2016, enquanto lamentava a perda de seu filho mais velho, Beau, para o câncer cerebral. Com Biden de fora da corrida, o partido se uniu em torno da candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Mas quatro anos depois, Biden lançou uma candidatura para a nomeação de 2020. Após desempenhos ruins nas caucuses de Iowa e primárias de New Hampshire, Biden virou sua campanha e uma vitória esmagadora na primária da Carolina do Sul o levou à nomeação democrata. Biden derrotou Trump e venceu a presidência.