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Após negociações na China, Hamas, Fatah e outras 11 facções palestinas assinam acordo de “unidade nacional” pós-guerra

Foto: Chickenonline/Pixabay

Vários grupos palestinos, incluindo facções rivais e organizações consideradas terroristas, concordaram em acabar com suas divisões e fortalecer a unidade palestina ao assinarem a Declaração de Pequim na manhã desta terça-feira (23) na China. A informação foi divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

A declaração foi firmada na cerimônia de encerramento, após três dias de diálogos de reconciliação em Pequim, que ocorreram entre os dias 21 e 23 de julho. Anteriormente, os esforços de países árabes para resolver o conflito de poder entre Hamas e Fatah, que perdura há 17 anos, não tiveram sucesso.

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Os dois grupos rivais, junto com outras 12 facções políticas, se reuniram com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, desde domingo.

A reunião em Pequim ocorreu enquanto mediadores internacionais continuam tentando alcançar um acordo de cessar-fogo em Gaza. Um dos principais pontos de discussão é a governança do território da Faixa de Gaza, dominado pelo Hamas, após o fim do conflito com Israel, iniciado em 7 de outubro do ano passado.

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Husam Badran, alto funcionário do Hamas, destacou que o ponto mais importante da Declaração de Pequim é a formação de um governo de unidade nacional palestino para gerir os assuntos do povo palestino.

Desde o início da guerra em Gaza, líderes do Hamas afirmaram que não querem voltar a governar o território como antes do conflito, defendendo a formação de um governo de tecnocratas, acordado entre as diversas facções palestinas, que abriria caminho para eleições em Gaza e na Cisjordânia, com a intenção de formar um governo unificado.

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Hamas e Fatah são rivais desde 2007, quando o Hamas derrotou forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas em Gaza, assumindo o controle do empobrecido enclave costeiro. A Autoridade Palestina, dominada pela Fatah e liderada por Abbas, administra partes da Cisjordânia ocupada e é amplamente vista pelos palestinos como corrupta e desconectada da realidade, além de aliada de Israel devido à coordenação de segurança conjunta com Tel Aviv.

O governo dos EUA prevê uma Autoridade Palestina renovada para governar a Faixa de Gaza no pós-guerra e tem buscado reformas que possam torná-la uma presença viável no território devastado pela guerra. Israel rejeitou essa ideia, mas não apresentou uma alternativa credível para a administração de Gaza.

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A Jihad Islâmica Palestina, grupo aliado do Hamas, emitiu uma declaração nesta terça-feira, após as conversações, afirmando que continua a “rejeitar qualquer fórmula que inclua o reconhecimento de Israel, explícita ou implicitamente” e exigiu que a Organização para a Libertação da Palestina retire seu reconhecimento a Israel.

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