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Oposição venezuelana acusa regime de Maduro de barrar fiscais eleitorais

Três opositores da maior coalizão antichavista, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciaram nesta terça-feira (23) “obstáculos” no sistema do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para a acreditação massiva dos testemunhas, que vigiarão o voto nas eleições presidenciais do próximo dia 28 de julho.

A coalizão Plataforma Unitária afirma que inscreveu mais de 90.000 testemunhas, mas dificuldades técnicas têm impedido a impressão das credenciais necessárias para o exercício de suas funções.

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Os partidos políticos designam observadores nas eleições para garantir o correto desenvolvimento do processo e denunciar irregularidades.

Em um vídeo compartilhado no X, a ex-deputada Delsa Solórzano afirmou que o CNE tem implementado “mecanismos diversos” no sistema automatizado para atrasar a acreditação de 100% das testemunhas.

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“Não conseguimos avançar na acreditação massiva de testemunhas devido a um sistema que, parece, está projetado para atrasar o processo”, declarou Solórzano, acompanhada pelos antichavistas Juan Carlos Caldera, dirigente do partido Primeiro Justiça, e Perkins Rocha, assessor de campanha da PUD.

“Estamos falando de 90.000 pessoas que decidiram aceitar essa enorme responsabilidade e se preparar (…). Sem a constância de acreditação, duvido que o Plano República (desdobramento militar para a custódia das eleições) permita o acesso aos centros”, disse Perkins Rocha em declaração à imprensa.

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Solórzano explicou que “acreditar uma por uma as testemunhas” da PUD, devido ao volume enorme, “é praticamente impossível”, e pediu ao CNE que “resolva o problema técnico”.

Por sua vez, Caldera denunciou que há “testemunhas que já foram carregadas e aprovadas”, mas, ao tentar verificar, o sistema diz que “essa testemunha não existe”.

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“Nossa solicitação (…) é para que essa situação ao redor do sistema de acreditação de testemunhas seja corrigida imediatamente”, pediu Caldera.

Na mesma linha, Rocha pediu ao órgão eleitoral que resolva o problema “urgentemente”, uma vez que “as testemunhas são os olhos técnicos, os olhos qualificados que os cidadãos têm”.

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“Esses obstáculos (…) na engenharia eleitoral não podem, neste momento, ser suportados e não condizem com o que foi dito (…) sobre ser o melhor sistema eleitoral do mundo. Acreditamos que é um problema que todos precisam resolver urgentemente. (…) Sem testemunhas, definitivamente, não há um procedimento eleitoral transparente”, afirmou o assessor da PUD.

Os opositores informaram que notificaram por escrito o CNE sobre o problema na acreditação das testemunhas, mas ainda não receberam resposta.

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“Começamos a enviar comunicações ao CNE na quinta-feira passada. Até esta terça-feira, todas as comunicações (…) continuam na recepção aguardando (…) o selo de recebido, pois informam que não têm autorização para receber nossas comunicações”, disse Solórzano.

Rocha pediu que o problema “seja resolvido hoje”, já que faltam cinco dias para as eleições presidenciais, nas quais participarão 10 candidatos, incluindo o representante da PUD, Edmundo González Urrutia, que lidera as pesquisas tradicionais, e o ditador Nicolás Maduro, que busca a reeleição.

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González Urrutia, de 74 anos, foi indicado pela Plataforma Unitária em substituição à ex-deputada liberal María Corina Machado, que venceu as primárias no ano passado, mas está inelegível para cargos públicos devido a uma sanção.

Maduro, de 61 anos e aspirante a um terceiro mandato que o projetaria para 18 anos no poder, acusa constantemente a oposição de planejar um golpe para declarar fraude e desconsiderar os resultados, que ele afirma que serão favoráveis a ele.

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(Com informações da EFE e AFP)

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