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Argentina desconhece oficialmente o resultado das eleições na Venezuela: “Maduro desconsiderou a vontade do povo”

Foto: Reprodução

O governo de Javier Milei comunicou oficialmente que não reconhece os resultados das eleições na Venezuela, após a autoproclamação do ditador Nicolás Maduro como presidente reeleito. “A República Argentina rejeita e não reconhece o resultado anunciado pelo governo venezuelano, que declarou vitória nas eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho, e condena veementemente a ação do presidente Nicolás Maduro, que, como era de se esperar, mais uma vez desconsiderou a vontade do povo venezuelano de viver em uma Venezuela livre, próspera e democrática”, afirma o comunicado.

Uma das primeiras ações da chancelaria foi expressar sua ausência no ato do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, onde Maduro e os líderes chavistas celebraram sua continuidade no poder. “A respeito, instruiu o Encarregado de Negócios em Caracas a não participar da cerimônia de proclamação da candidatura oficialista convocada pelas autoridades venezuelanas na data de hoje”, destaca o comunicado do Ministério das Relações Exteriores, liderado por Diana Mondino.

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“A República Argentina considera essencial que se permita o acesso da oposição às atas de votação e instiga as autoridades venezuelanas a respeitar o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, do qual é parte, especialmente o seu artigo 25”, adiciona o texto oficial.

“A proibição e perseguição de opositores políticos, a violação sistemática dos direitos humanos, o bloqueio à presença de observadores e imprensa estrangeiros, assim como as restrições impostas ao registro de cidadãos no exterior para impedir seu voto, eram claros indícios de que essas eleições não seriam democráticas nem transparentes. Apesar disso, muitos membros da comunidade internacional, incluindo a República Argentina, confiaram que, nesse pequeno espaço de participação que restava, seria possível um cambio para a Venezuela”, prossegue a comunicação da chancelaria argentina.

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O documento oficial formaliza as declarações do presidente Javier Milei e de seus principais funcionários, alertando que o regime chavista registrava um amplo rejeição popular para os comícios de 28 de julho. Há semanas, os dirigentes oficialistas no país já alertavam que Maduro não aceitaria outro resultado que não fosse sua continuidade no governo de Caracas.

“Desde o início da atual gestão, a República Argentina tem denunciado enfaticamente e de forma contínua todas essas irregularidades e o crescente deterioro da situação política e humanitária na Venezuela, não só em palavras, mas também através de ações concretas, como o asilo diplomático concedido a dirigentes da oposição, aos quais, após quatro meses, ainda não foi concedido o salvoconducto para deixar o território venezuelano com segurança”, acrescenta o texto oficial.

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“A República Argentina, guiada pelos princípios da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, continuará apoiando firmemente o desejo de liberdade do povo venezuelano e convoca a comunidade internacional como um todo a não reconhecer o resultado fraudulento dessas eleições”, conclui.

Países que não reconheceram o resultado na Venezuela

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No domingo, 28 de julho, Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia foram os principais adversários nas eleições do país caribenho. O regime de Caracas divulgou os resultados oficiais na madrugada seguinte aos comícios, indicando que Maduro obteve 51% dos votos contra 44% de González Urrutia. No entanto, as acusações de fraude e os mecanismos viciados da organização fizeram com que o resultado fosse rejeitado por pelo menos nove países, entre eles a Argentina.

Além da presidência de Milei, os governos que questionaram o chavismo foram os de Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

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A chancelaria, Diana Mondino, exigiu que o governo de Maduro disponibilizasse as atas de verificação observadas durante a jornada eleitoral. O regime chavista, no entanto, ignorou as acusações e Maduro reassumiu o poder ao meio-dia durante um ato do Conselho Nacional Eleitoral.

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