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Venezuela rompe relações diplomáticas com Peru após reconhecimento de opositor como presidente eleito

Imagem de wirestock no Freepik

O governo da Venezuela rompeu nesta terça-feira relações diplomáticas com o Peru, alegando que este “desconhece a vontade do povo venezuelano”, após a Administração peruana reconhecer o opositor Edmundo González Urrutia como presidente eleito do país caribenho.

Uma nova plataforma permite visualizar detalhadamente os resultados totais e de cada seção eleitoral na Venezuela, com atas coletadas pela oposição.

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“O Governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu romper relações diplomáticas com a República do Peru, com base no Artigo 45 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961”, informou o chanceler venezuelano, Yván Gil, em sua conta no X.

O funcionário indicou que foram “obrigados” a tomar essa decisão após as declarações “temerárias” de seu homólogo peruano, Javier González-Olaechea, que, segundo ele, “desconhecem a vontade do povo venezuelano” e a Constituição, uma afirmação rejeitada por milhares de venezuelanos e grande parte da comunidade internacional.

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Javier González-Olaechea afirmou nesta terça-feira que, diante da possível continuidade da ditadura de Nicolás Maduro por um terceiro mandato, deveriam ser verificadas as atas eleitorais que corroborariam a vitória do bloco opositor liderado pela ex-deputada inabilitada María Corina Machado.

“É evidente que há uma intenção de fraude. Aproximadamente a partir de uma contagem inicial no domingo, a diferença era de mais de 30 pontos a favor do senhor González, o que era irreversível. E o senhor González é o presidente eleito da Venezuela”, afirmou.

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Quatro voos não programados partiram de Havana para Caracas após a fraude eleitoral de Nicolás Maduro.

Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai exigiram nesta segunda-feira a “revisão completa dos resultados” eleitorais na Venezuela.

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“Nossos governos solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular”, acrescentaram, após o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, controlado pelo chavismo, declarar Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais, em meio a denúncias de fraude.

“A contagem de votos deve ser transparente e os resultados não devem gerar dúvidas”, destaca o texto.

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O CNE controlado pela ditadura anunciou na madrugada de segunda-feira que Maduro obteve 5,15 milhões de votos (51,2%), frente a 4,45 milhões (44,2%) do principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

China, Rússia, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia parabenizaram Maduro, enquanto o resultado foi criticado pela União Europeia, que pediu “total transparência” na recontagem dos votos, e pelos Estados Unidos, que manifestaram sua “grave preocupação”.

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O chanceler uruguaio, Omar Paganini, somou sua voz àqueles que veem com “preocupação” o resultado eleitoral: “Esse resultado preliminar, entre outras coisas, nem sequer soma 100%, soma muito mais (…) o governo do Uruguai, junto com muitos países da região, vê com preocupação isso”, disse nesta segunda-feira em declarações à imprensa.

“Esperamos os números detalhados, seção por seção, ata por ata, para ver se há fundamento no que foi anunciado ontem pelo CNE venezuelano. Tudo indica que não há, e, nessa medida, é muito difícil para nós reconhecer esse ato eleitoral”, acrescentou Paganini.

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A resolução que as chancelarias estão preparando será “enquadrada na Carta Democrática e nos princípios fundamentais da democracia em nossa região”, acrescentou o comunicado.

A Carta Democrática da OEA é um mecanismo utilizado para definir casos de alteração ou ruptura da ordem democrática e constitucional em um Estado membro.

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Foi invocada em 2016 pelo secretário-geral Luis Almagro para se referir à crise na Venezuela. O regime de Maduro acusou então o organismo multilateral de “intervencionista” e de ser um “espaço de dominação imperial”, e solicitou a saída da OEA em 2017, formalizada dois anos depois.

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