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Mossad Usou Agentes Iranianos para Plantar Bombas na Residência do Líder do Hamas em Teerã

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O Mossad, serviço de inteligência de Israel, teria contratado agentes de segurança iranianos para colocar explosivos em três quartos distintos de um edifício onde um líder do Hamas estava hospedado, conforme relatou o tabloide britânico The Telegraph, nesta sexta-feira (2).

De acordo com o veículo, o plano inicial era assassinar Ismail Haniyeh, chefe político do grupo terrorista palestino, em maio, durante o funeral do ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. No entanto, o ataque foi abortado devido à grande quantidade de pessoas no local e ao alto risco de fracasso, segundo dois oficiais iranianos.

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Em vez disso, os dois agentes teriam colocado dispositivos explosivos em três quartos da casa de hóspedes do Corpo dos Guardas Revolucionários Islâmicos (IRGC) no norte de Teerã, onde Haniyeh poderia estar. Os agentes foram vistos entrando e saindo de vários quartos em poucos minutos, de acordo com os oficiais que possuem imagens de câmeras de segurança do edifício.

Ainda conforme o veículo britânico, os operativos teriam saído clandestinamente do país, mantendo uma fonte ainda em território iraniano. Às 2h da madrugada de quarta-feira, eles detonaram os explosivos remotamente, matando Haniyeh que estava em Teerã para a inauguração do presidente Masoud Pezeshkian.

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“Agora estamos certos de que o Mossad contratou agentes da unidade de proteção Ansar al-Mahdi,” revelou um oficial do IRGC ao Telegraph, referindo-se a uma unidade responsável pela segurança de altos funcionários.

O oficial acrescentou: “Após uma investigação mais aprofundada, foram descobertos dispositivos explosivos adicionais em dois outros quartos.”

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Um segundo oficial das forças militares de elite do IRGC declarou: “Isso é uma humilhação para o Irã e uma grande falha de segurança.”

O oficial informou que um grupo de trabalho foi estabelecido para criar estratégias que minimizem a percepção de que o assassinato representa uma falha de segurança. “Ainda é um mistério como isso aconteceu, não consigo entender. Deve haver algo mais na hierarquia que ninguém sabe,” acrescentou.

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A falha de segurança gerou um clima de culpabilidade interna no IRGC, com setores diferentes se acusando mutuamente pela falha, revelou o primeiro oficial ao Telegraph. Esmail Qaani, comandante da força Quds do IRGC, tem convocado pessoas para serem demitidas, presas e possivelmente executadas. “A falha humilhou a todos.”

O oficial disse ainda: “O Líder Supremo convocou todos os comandantes várias vezes nos últimos dois dias, ele quer respostas. Para ele, lidar com a falha de segurança agora é mais importante do que buscar vingança.”

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O IRGC está avaliando suas opções de retaliação, com um ataque direto a Tel Aviv sendo uma consideração primária, envolvendo o Hezbollah do Líbano e outros aliados iranianos, segundo o Telegraph.

O assassinato de Haniyeh em Teerã intensificou os temores sobre a influência e o alcance de Israel dentro do Irã. Ali Younisi, ex-ministro de Inteligência do Irã, expressou preocupações em uma entrevista de 2020, afirmando: “Todos os oficiais da República Islâmica devem se preocupar com suas vidas.”

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“Se o regime sionista ainda não visou as autoridades políticas da República Islâmica, é porque ainda não escolheu fazê-lo,” disse ele.

A coincidência ‘intencional’

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O assassinato de Haniyeh também coincidiu com o primeiro dia no cargo do presidente Masoud Pezeshkian. Durante sua campanha eleitoral, Pezeshkian havia se distanciado das políticas provocativas anteriores da República Islâmica e prometido restaurar a posição do Irã no cenário internacional por meio do diálogo.

Um assessor próximo a Pezeshkian sugeriu ao Telegraph que a falha de segurança pode ter sido uma tentativa intencional do IRGC para prejudicar a reputação do novo presidente. O assessor alegou que o IRGC não aprova suas opiniões sobre diplomacia internacional e outros aspectos de sua política reformista.

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“Nenhuma mente sã pode aceitar que isso tenha acontecido por acaso, especialmente no primeiro dia de Pezeshkian no cargo,” disse ele. “Ele pode ter que entrar em guerra com Israel em seus primeiros dias no cargo e isso é tudo culpa do IRGC.”

No entanto, o filho de Pezeshkian anunciou na noite de sexta-feira que a prioridade da nação “não é uma guerra com Israel.” “Pobreza, corrupção, discriminação, desigualdade e facções políticas desperdiçadoras e debates são as verdadeiras frentes contra as quais o povo iraniano está lutando em nosso país,” declarou Dr. Yousef Pezeshkian em seu site. “Reformas sociais e progresso no Irã são os melhores contra-ataques que podemos direcionar a Israel,” acrescentou.

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