Dois civis israelenses foram mortos e outros dois ficaram feridos em um ataque terrorista com faca na cidade central de Holon, Israel, na manhã deste domingo (4), informou o Times of Israel.
Segundo o veículo, o terrorista, um palestino da Cisjordânia, esfaqueou as vítimas em três locais diferentes antes de ser morto a tiros por um policial.
“Este foi um ataque terrorista complexo e difícil. As vítimas estavam em três locais separados, aproximadamente 500 metros um do outro”, disseram os paramédicos do serviço de ambulância Magen David Adom.
Uma mulher de 66 anos foi declarada morta no local, informou a mídia israelense.
Ainda conforme o veículo, ela foi posteriormente identificada como Rina Daniv, residente da cidade. Seu marido, Shimon Daniv, de 68 anos, ficou gravemente ferido no ataque. O casal estava aproveitando sua caminhada diária no parque quando foi atacado, disse a família.
O MDA informou que levou três das vítimas ao Wolfson Medical Center nas proximidades: um homem de 70 anos em estado crítico, um homem de 68 anos em estado grave e um jovem de 26 anos em condição moderada.
O homem gravemente ferido chegou ao Wolfson sem sinais vitais e teve sua morte declarada lá, disseram as autoridades hospitalares.
O terrorista esfaqueou as primeiras vítimas — os Danivs — na entrada de um parque na Rua Moshe Dayan.
Ele então continuou até um ponto de ônibus próximo a um posto de gasolina, onde esfaqueou e feriu gravemente o homem de 70 anos, que mais tarde foi declarado morto.
A última vítima, Yakov Libertov, de 26 anos, foi esfaqueada em um estacionamento de ônibus na Rua Dan Shomron, de acordo com o MDA.
A irmã de Shimon Daniv, Ronit Sasson, disse ao Ynet que seu irmão e sua cunhada estavam fazendo sua caminhada diária.
Sua cunhada era voluntária em muitos grupos sem fins lucrativos e era bem conhecida em Holon, disse Sasson.
“Vai haver muitas pessoas em choque”, ela disse.
Sasson disse que, embora gravemente ferido, Shimon estava perguntando no hospital sobre sua esposa e disse que “viu ela cair”. A equipe eventualmente lhe contou o triste destino de Rina.
Sasson disse que seu irmão está em condição estável e não corre mais risco de vida.
Falando à mídia de seu leito hospitalar, Libertov explicou que estava passeando com seu cachorro em uma rota que percorre diariamente através de um parque local, quando viu o terrorista se aproximando dele.
No entanto, ele não ficou alarmado, pois o homem estava caminhando lentamente e não parecia estar carregando uma arma, embora Libertov o tenha descrito como tendo “uma expressão de raiva”.
Então, o terrorista de repente avançou sobre ele, atacando com uma faca e esfaqueando Libertov no ombro. Libertov disse que o agressor estava em silêncio, sem gritar nada enquanto realizava o ataque.
Libertov conseguiu afastar o agressor e fugir, levando seu cachorro com ele, embora tenha sofrido ferimentos moderados a graves com uma facada no ombro e no estômago.
Ele imediatamente chamou os serviços de emergência enquanto se dirigia ao terminal de ônibus adjacente “porque sabia que haveria muitas pessoas lá”.
Motoristas no terminal o ajudaram, assumindo sua ligação para a polícia e explicando aos policiais que havia ocorrido um ataque.
O terrorista foi baleado por um policial que chegou ao local, disse a polícia.
Ele foi levado ao Shamir Medical Center em estado crítico, onde sua morte foi declarada pouco depois, informaram as autoridades hospitalares.
Ele foi identificado por uma fonte de segurança como Amar Odeh, 34 anos, residente da cidade de Salfit, na Cisjordânia. A fonte disse que ele não tinha permissão de entrada em Israel e não tinha antecedentes de crimes relacionados à segurança.
A polícia acrescentou que estava vasculhando a área em busca de possíveis suspeitos adicionais envolvidos no ataque.
O policial que atirou no terrorista disse à mídia que viu o agressor de seu carro de patrulha e, pensando que era um assaltante, começou a persegui-lo a pé.
“Ele não estava correndo tão rápido”, disse o policial. “Eu disse para ele parar, e então ele se virou para mim com a faca na mão.”
“Assim que notei a faca, saquei a pistola e disse para ele parar”, continuou o policial. “Ele se aproximou de mim e eu continuei dizendo para ele parar. Ele gritou algo em árabe enquanto se escondia atrás de uma lixeira e então corri em sua direção, e então atirei nele.”
As tensões em Israel e na Cisjordânia aumentaram desde 7 de outubro, quando terroristas romperam a fronteira de Gaza com Israel em um ataque liderado pelo Hamas, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns.
Desde então, 25 israelenses, incluindo agentes de segurança, foram mortos em ataques terroristas palestinos em Israel e na Cisjordânia — incluindo o ataque de domingo. Outros cinco membros das forças de segurança foram mortos em confrontos com operativos terroristas na Cisjordânia.