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Jornalista presa pela ditadura de Maduro é Liberada com Advertência: ‘Não Trabalhe para a Oposição’

O meio digital equatoriano LaDataEc informou neste domingo (4) à agência EFE que sua jornalista Dayana Krays, que estava em Caracas cobrindo a concentração convocada pela líder opositora venezuelana María Corina Machado, está “em segurança” após ter sido momentaneamente “retida”.

Embora o meio tivesse denunciado no sábado que Krays foi detida pelo regime de Nicolás Maduro, o que foi confirmado pela Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador, neste domingo a publicação esclareceu, através de uma mensagem em sua conta na rede social X, que se tratou de uma “retensão”.

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“A jornalista Dayana Krays foi liberada depois de ter sido retida pelo governo de Nicolás Maduro sob a acusação de ‘incitar ódio’ ao exercer seu trabalho jornalístico. Krays está bem de saúde”, informou a mensagem, precedida por um vídeo de um representante do meio de comunicação digital na cidade costeira de Guayaquil.

No vídeo, o representante relata que Krays entrou em contato durante a madrugada e mencionou que foi advertida a não trabalhar mais para a oposição.

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“Dayana nos disse que foi deixada no chão, sem agressões físicas, e está em segurança no local de refúgio, cuja localização não será revelada por motivos de segurança, assim como outros detalhes do ocorrido”, explicou, sem detalhar a situação vivida pela jornalista no sábado.

O representante acrescentou que Krays afirmou que “se manterá firme e continuará a informar das ruas de sua terra, Venezuela, pela qual busca liberdade e direitos para todos os seus compatriotas venezuelanos”.

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A La Data assegurou que continuará a informar com sua correspondente internacional “e zelará pela sua integridade física e mental”.

Krays foi detida quando retornava para sua residência após realizar a cobertura da mobilização convocada por Machado.

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Em sua conta na rede social X, Krays publicou neste domingo: “Agradeço a quantidade de mensagens de preocupação pelo que me aconteceu. Já estou em outro local de segurança. Não posso falar mais nem dar detalhes, mas Deus é minha torre de segurança e quem me resgata. É meu escudo. Continuarei trabalhando para meu país e sob a proteção da La Data”.

A Associação de Jornalistas Venezuelanos no Equador (APEVE) condenou a detenção de Krays e destacou que “o exercício do Direito à Informação e a liberdade de Expressão são direitos consagrados na Constituição da República Bolivariana da Venezuela, aprovada em 1999”.

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O exercício do jornalismo “nos obriga a levar a informação de forma ‘veraz e oportuna’ e isso não pode ser cerceado por um regime que busca ‘silenciar’ a sociedade e as redes sociais dos venezuelanos para que a verdade sobre o que está acontecendo na Venezuela não seja conhecida”, diz o comunicado.

Como o Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela já havia apontado e denunciado, o exercício do jornalismo “é um Direito consagrado na constituição e nas leis”.

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“Informar não é crime”, concluiu a APEVE, que na sexta-feira convocou uma coletiva de imprensa em Quito para alertar sobre a situação na Venezuela e seus efeitos para a população, bem como para os países vizinhos.

A ONG venezuelana Provea também se manifestou em suas redes sociais. “Informar NÃO é um crime. Exigimos respeito à sua integridade e sua liberação. Já são mais de 1200 detenções arbitrárias, a repressão de Maduro continua. O Estado venezuelano deve respeitar seus compromissos internacionais de proteção aos DDHH, à protesto pacífico e ao devido processo.”

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“Estamos diante de uma escalada contra a informação e as vozes dissidentes. A perseguição deve parar”, acrescentou a organização não governamental.

Migração

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Na coletiva de imprensa, a Fundação Chamos Venezuelanos no Equador informou que recebeu um total de 800 solicitações de apoio, a maior parte de cidadãos venezuelanos que planejam migrar ou já estão a caminho, após as eleições do último fim de semana na Venezuela.

A cirurgiã Egleth Noda, presidenta da Fundação, destacou que a organização se dedica à proteção da educação de crianças em mobilidade humana e, sobretudo, a garantir assistência médica a pessoas vulneráveis no país ou nas ondas migratórias.

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“Na revisão que fizemos nos últimos dias, observamos uma onda significativa de migração para a cidade de Quito e para os pontos de entrada no país”, disse, lembrando que antes das eleições, as solicitações giravam em torno de 100 a 150 por mês.

Ela detalhou que as 800 solicitações correspondem a pedidos de atendimento médico e assistência humanitária de famílias compostas, em média, por 3,5 pessoas, “que pretendem chegar ou que estão entrando por Tulcán (Equador)”.

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Por isso, fez um apelo por apoio à cooperação local e internacional para ajudar as pessoas em situação de mobilidade.

(Com informações da EFE)

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