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Jovem venezuelano morre após ser espancado em protesto contra Maduro

Na segunda-feira, faleceu o jovem venezuelano Ángel Mora após ser espancado por forças de repressão em Guanare, Portuguesa, durante uma manifestação no dia 29 de julho contra os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que confirmaram a reeleição de Nicolás Maduro.

A conta da organização “Resistência Sem Fronteiras” no X denunciou a agressão: “Essa é a política de Estado: repressão, desaparecimento forçado, perseguição, encarceramento e assassinatos políticos contra aqueles que pensam diferente e lutam pela liberdade.”

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A dirigente de Vente Venezuela em Portuguesa, María Oropeza, afirmou que Mora ficou irreconhecível após a agressão e que sua família está devastada e com medo.

A organização Foro Penal relatou neste domingo um saldo de 988 detidos e 11 mortos no contexto das manifestações na Venezuela, que começaram após o fraude eleitoral do chavismo nas eleições do domingo passado, 28. Segundo a ONG, 91 dos detidos são adolescentes.

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Esses números contradizem os dados divulgados pela ditadura chavista. Nicolás Maduro anunciou no sábado que 2.000 pessoas haviam sido detidas no país caribenho.

“Temos 2.000 presos capturados e de lá vão para (as cadeias) Tocorón e Tocuyito, máximo castigo, justiça. Desta vez não haverá perdão, desta vez o que haverá é Tocorón”, disse o ditador diante de simpatizantes chavistas que marcharam no sábado em Caracas.

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Por sua vez, o Observatório Venezuelano de Conflitualidade Social (OVCS) e o Centro para os Defensores e a Justiça (CDJ) alertaram neste sábado sobre um aumento da repressão após as manifestações.

Por meio de um comunicado, as ONGs expressaram “preocupação” com o aumento da “violência e da repressão, resultado da ação dos corpos de segurança do Estado, civis armados, conhecidos como coletivos, e dos grupos que formam o Sistema Popular de Proteção para a Paz”.

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Acrescentaram que, após as manifestações registradas no país entre segunda e terça-feira, foi relatada a participação de “civis armados realizando ações repressivas, de intimidação, assédio e controle social em coordenação ou com aquiescência de funcionários dos corpos de segurança do Estado”.

O OVCS documentou 915 protestos em todo o país entre 29 e 30 de julho, com um saldo de 138 manifestações “reprimidas”, e observou a presença de civis armados e coletivos em pelo menos 119 delas.

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“Fazemos um apelo à comunidade internacional e aos organismos internacionais de proteção dos direitos humanos para acompanhar os acontecimentos na Venezuela e exigir que o Estado venezuelano garanta, respeite e proteja o exercício dos direitos civis e políticos”, destacaram.

Neste domingo, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) também se manifestou, expressando sua enérgica condenação à detenção de manifestantes, ativistas e jornalistas na Venezuela.

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