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Rússia desloca moradores e vê possibilidade de nova incursão terrestre da Ucrânia

(SBU/Ucrânia)

A Rússia retirou civis de uma segunda região próxima à Ucrânia, nesta segunda-feira (12), em resposta ao aumento da atividade militar de Kiev na fronteira. A medida foi tomada poucos dias após a 1ª incursão ucraniana em território russo desde o início da guerra em 2022.

Na terça anterior, as forças ucranianas atravessaram a fronteira e realizaram um ataque surpresa na região de Kursk, aparentemente com o objetivo de fortalecer sua posição em eventuais negociações de cessar-fogo após as eleições nos EUA.

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Apesar da surpresa inicial, a Rússia conseguiu estabilizar a frente em Kursk no domingo (11). No entanto, as batalhas continuaram nesta segunda, com a Ucrânia mantendo o controle de uma parte do território russo, segundo informações de blogueiros de guerra russos.

Na região vizinha de Belgorod, ao sul, o governador Vyacheslav Gladkov anunciou a retirada de civis no distrito de Krasnaya Yaruga devido à “atividade inimiga na fronteira”, afirmando que as forças russas estavam tomando medidas para enfrentar a ameaça.

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A Rússia também reforçou as medidas de segurança nas regiões de Kursk, Bryansk e Belgorod, enquanto Bielorrússia, aliada de Moscou, aumentou o número de tropas na fronteira, alegando que a Ucrânia violou seu espaço aéreo com drones.

As autoridades russas afirmam que os ataques ucranianos visam demonstrar a capacidade de Kiev de realizar grandes operações militares, buscando ganhar vantagem em futuras negociações de paz.

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Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, que o Kremlin define como uma “operação militar especial”, a Rússia controla 18% do território ucraniano e tem avançado ao longo da frente de 1.000 km, especialmente após o fracasso de uma contra-ofensiva ucraniana em 2023.

No sábado (10), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky quebrou o silêncio sobre os ataques, confirmando que a incursão em território russo foi lançada para “restaurar a justiça” e pressionar as forças de Moscou.

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Durante a noite, a Rússia derrubou drones ucranianos sobre Belgorod, Kursk e Voronezh, enquanto o Ministério da Defesa russo relatou a destruição de tanques e outros armamentos pesados usados nos ataques.

A incursão ucraniana levantou questionamentos em Moscou sobre como as forças de Kiev conseguiram penetrar a região de Kursk após mais de 2 anos de guerra intensa.

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Blogueiros de guerra relataram que os ucranianos tentavam cercar Sudzha, um ponto estratégico por onde passa o gás natural russo, enquanto grandes batalhas ocorriam perto de Korenevo, a cerca de 22 km da fronteira.

A Gazprom, empresa estatal russa, informou que enviaria 39,6 milhões de metros cúbicos de gás para a Europa através da Ucrânia.

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No fim de semana, um ataque com mísseis em Kursk deixou 13 feridos. Embora os Estados Unidos não tenham sido informados previamente da operação ucraniana, há indícios de que o ataque provocará uma resposta da Rússia. Maria Zakharova, representante do Ministério das Relações Exteriores russo, declarou que os responsáveis por esses crimes, incluindo seus apoiadores estrangeiros, serão punidos e que uma resposta das Forças Armadas Russas não tardará.

Enquanto isso, um grande incêndio eclodiu na central nuclear de Zaporizhzhia, localizada em uma área controlada por forças russas na Ucrânia.

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Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, alertou que os ataques colocam em risco a segurança da usina e aumentam o perigo de um acidente nuclear, pedindo que eles cessem imediatamente.

O operador russo da usina atribuiu o incêndio a um ataque militar ucraniano, mas informou que os reatores estavam desligados a frio. Zelensky, por sua vez, acusou a Rússia de provocar o incêndio intencionalmente.

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