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Exército Ucraniano Avança 800 km² em Território Russo e Assume Controle de 74 Localidades em Kursk

Nesta terça-feira (13), a Ucrânia anunciou novos avanços em território russo, alegando controlar 74 localidades na região de Kursk, uma semana após lançar uma ofensiva surpresa para pressionar Moscou a aceitar uma “paz justa”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu os combates como “difíceis e intensos” na zona de fronteira, onde as forças ucranianas entraram no dia 6 de agosto, surpreendendo as tropas russas. “Centenas de soldados russos já se renderam e estão sendo tratados com humanidade”, afirmou Zelensky em uma postagem no Telegram.

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Trata-se da maior incursão de um exército estrangeiro em solo russo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Há 74 povoados sob controle da Ucrânia. Estão sendo realizadas inspeções e medidas de estabilização”, declarou o presidente ucraniano.

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O comandante do exército ucraniano, Oleksandr Sirski, informou que suas tropas avançaram entre um e três quilômetros em algumas áreas durante o dia, tomando o controle de “40 quilômetros quadrados” adicionais. A Ucrânia afirmou que controla 1.000 km² de território russo.

As forças russas alegaram ter “desmantelado os tentativas” ucranianas de “penetrar profundamente” nesta região de fronteira. O governador regional russo, Alexei Smirnov, reconheceu que as forças ucranianas tomaram o controle de 28 localidades e indicou que a operação cobre uma área de 40 quilômetros de largura e 12 quilômetros de profundidade em território russo.

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De acordo com cálculos da agência de notícias AFP baseados em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que usa fontes russas, as tropas ucranianas avançaram 800 km² na região de Kursk.

Em comparação, a Rússia ganhou 1.360 km² em território ucraniano desde 1º de janeiro de 2024, segundo cálculos da AFP com dados do ISW.

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“Paz Justa”

A Ucrânia declarou que não pretende anexar nenhum território tomado durante a operação militar em Kursk e garantiu que a operação cessará se Moscou aceitar uma “paz justa”.

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“A Ucrânia não deseja anexar nenhum território da região de Kursk”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores ucraniano, Georgiy Tikhiy, em uma coletiva de imprensa.

A ex-república soviética enfrenta desde fevereiro de 2022 a invasão de Moscou, que ocupa até 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.

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Nesse contexto, as “ações ucranianas são absolutamente legítimas, particularmente no âmbito do direito de legítima defesa previsto na Carta das Nações Unidas”, disse Tikhiy. “Quanto antes a Rússia aceitar restaurar uma paz justa (…), mais cedo cessarão as incursões das forças de defesa ucranianas em território russo”, acrescentou.

Posições Irreconciliáveis

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No entanto, as negociações entre Kiev e Moscou estão completamente bloqueadas devido às exigências difíceis de reconciliar de ambas as partes.

Zelensky afirmou querer elaborar um plano antes de novembro, data das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos — aliado vital de Kiev — que serviria de base para uma futura cúpula de paz à qual o Kremlin seria convidado.

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Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, condicionou as conversas ao retorno dos territórios ocupados pelas tropas russas e à renúncia da Ucrânia em aderir à OTAN, requisitos inaceitáveis para os ucranianos e potências ocidentais.

Na segunda-feira, o dirigente russo acusou a Ucrânia de realizar a operação em Kursk para “melhorar sua posição em futuras negociações”.

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Um alto responsável informou à AFP, sob condição de anonimato, que se “ao final de um determinado período [a Rússia] não conseguir retomar esses territórios, eles podem ser utilizados para fins políticos”.

Impulso à Moral

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O exército russo, que enviou reforços materiais e humanos, declarou nesta terça-feira que continua a infligir grandes perdas aos ucranianos na região de Kursk, de onde 121.000 pessoas já foram evacuadas.

Pelo menos 12 civis morreram e cerca de 100 ficaram feridos na incursão ucraniana, de acordo com as autoridades regionais russas.

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Em uma área verde na região ucraniana de Sumy, que faz fronteira com Kursk, um comandante das forças de Kiev descreveu a operação em curso como uma injeção de moral para um exército que está escasso de homens e munições. “Não houve vitórias significativas na Ucrânia nos últimos meses. Apenas os russos estavam avançando”, disse à AFP, enquanto equipes de tanques ucranianos se preparavam para o combate.

Pelo menos 20.000 civis estão sendo evacuados da região de Sumy e as restrições de viagem foram ampliadas para os residentes próximos à fronteira.

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Um alto oficial de segurança ucraniano entrevistado pela AFP afirmou que “milhares” de soldados ucranianos participam da operação com o objetivo de “expandir as posições do inimigo, infligir o máximo de perdas e desestabilizar a situação na Rússia”.

O ataque em grande escala visa “deslocar a guerra para o território do agressor”, declarou o presidente Zelensky. “Agradeço a cada soldado, a cada comandante, que garantiu isso. Obrigado novamente a todos nossos rapazes (…) Isso é muito importante para nosso país”, reconheceu em uma gravação, após receber a última atualização do comandante em chefe das Forças Armadas, Oleksandr Sirski.

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“A despeito das batalhas difíceis e intensas, o avanço das nossas forças na região de Kursk continua”, destacou o presidente ucraniano.

Esta operação militar da Ucrânia em Kursk representa um revés inesperado para o Kremlin, cujo exército havia tido vantagem desde o início da ofensiva.

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(Com informações da AFP e EuropaPress)

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