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No último sábado (17), uma grande manifestação global convocada por María Corina Machado mobilizou milhares de pessoas em mais de 300 cidades ao redor do mundo, tanto na Venezuela quanto no exterior. O evento, que ocorreu ao longo do dia devido às diferenças de fuso horário, foi uma poderosa demonstração da força e unidade da oposição contra o regime de Nicolás Maduro e o alegado fraude nas eleições de 28 de julho.
A mobilização teve início nas primeiras horas do dia, com imagens chegando de locais como Austrália e Nova Zelândia, onde a chuva não impediu a participação. Logo depois, a presença de venezuelanos foi registrada em cidades do Japão, incluindo Tóquio, Nagoya, Osaka e Matsumoto, assim como em diversas localidades na China, Coreia do Sul e na capital da Malásia.
Em redes sociais, o Comando com Venezuela destacou a importância do evento: “Onde há um venezuelano, há um cidadão que exige liberdade e respeito à verdade. O 28J #GanóVzla e o mundo sabe disso.”
A mobilização também se fez sentir na Índia e no Egito, onde migrantes venezuelanos demonstraram esperança de mudança para seu país natal. Mais tarde, as imagens começaram a chegar da Europa, com cartazes dizendo “Freedom for Venezuela” em Bruxelas, na Bélgica, e mensagens em alemão em Frankfurt e Paderborn.
Em Amsterdã, na Holanda, os venezuelanos se reuniram na praça em frente à estação central de trens para erguer suas bandeiras e exigir o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como presidente eleito. Em Zurique, na Suíça, o apoio foi manifestado com a projeção do lema “Venezuela livre” nas telas dos trens.
Em Copenhague, na Dinamarca, a atenção se voltou para o respeito aos resultados eleitorais e a brutal repressão do regime contra a oposição, com cartazes destacando a falta de transparência nas eleições e a perseguição a opositores.
A manifestação mais significativa ocorreu na Puerta del Sol, em Madrid, onde a quantidade de pessoas foi tão grande que causou o colapso do local. Aproximadamente 15.000 pessoas participaram, gritando “liberdade, liberdade”. A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, também se juntou ao protesto e comentou: “Que livre se é quando não se tem medo.” Ela acrescentou: “Democracia sem lei não é democracia, urnas sem Estado de direito não são eleições… são um teatro e é o que Maduro quer.”
Na Espanha, outras cidades como Andaluzia, Alicante, Barcelona e Málaga também foram pontos de concentração, com destaque para a participação do cantor Carlos Baute em Málaga.
Em Londres, na Inglaterra, uma significativa quantidade de pessoas se reuniu em frente à embaixada da Venezuela, cantando o hino nacional e protestando contra a ditadura de Maduro com bandeiras e cartazes.
A onda de protestos também chegou a Lisboa, em Portugal; Florença, Gênova, Milão, Nápoles, Palermo, Turim e Roma, na Itália; e Lyon, Marselha, Lille, Bordéus, Bayonne, La Rochelle, Le Havre e Paris, na França. Em todas essas cidades, os manifestantes levantaram lemas como “Não ao fraude”, “Não à repressão”, “Edmundo presidente” e “Que se vá Maduro”.
Na América Latina, Bogotá viu suas praças tomarem vida com a presença de cidadãos afetados pela ditadura chavista. “É diferente desta vez, há um raio de esperança que está se fortalecendo porque o mundo está percebendo que há realmente fraude, que realmente estão trapaceando e que em Venezuela o povo não tem liberdade,” relatou uma mulher que deixou seu país “sem nada”.
Buenos Aires também se destacou com uma grande manifestação, primeiro em frente à Embaixada da Venezuela e depois na Floralis Genérica, na Praça das Nações Unidas, com slogans como “Maduro assassino” e “Venezuela Livre”.
O México, Chile, Brasil e República Dominicana também se uniram aos protestos, assim como os venezuelanos em Miami, nos Estados Unidos, que aproveitaram para entoar o hino nacional. Em Montevidéu, no Uruguai, a convocação foi na Praça Independência, com gritos como “Quem somos? Venezuela, o que queremos? Liberdade” e vários insultos a Maduro.
*Com informações da EFE