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Agências de inteligência dos EUA revelam ataque cibernético iraniano à campanha de Trump

Foto: Official White House Photo by Shealah Craighead

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Funcionários de inteligência dos Estados Unidos declararam na segunda-feira que o Irã foi responsável pelo ataque cibernético à campanha presidencial de Donald Trump, caracterizando a intrusão como parte de um esforço mais amplo e descarado de Teerã para interferir na política americana e minar a confiança nas instituições democráticas.

O FBI e outras agências federais afirmaram que o Irã via as eleições presidenciais deste ano como particularmente relevantes e estava determinado a interferir na política americana por meio da operação de hacking e outras atividades, “incitando a discórdia e minando a confiança em nossas instituições democráticas”.

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“Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral, incluindo especificamente operações de influência direcionadas ao público americano e operações cibernéticas direcionadas às campanhas presidenciais”, disse um comunicado conjunto do FBI, do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestruturas.

A declaração conjunta também indicou que o Irã foi responsável pelas tentativas de hackear a campanha da vice-presidente Kamala Harris, mencionando que os hackers “buscaram acesso a indivíduos com contato direto com a campanha presidencial de ambos os partidos políticos”.

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O objetivo do ataque e de outras atividades, segundo os funcionários federais, não era apenas semear discórdia, mas também influenciar o resultado de uma eleição que o Irã percebe como “particularmente consequente em termos de impacto que poderia ter em seus interesses de segurança nacional”.

Os investigadores apontaram os hackers iranianos por terem acessado, em junho, a conta de e-mail pessoal de Roger Stone, um veterano operador político e aliado de Donald Trump, numa tentativa de infiltrar-se na conta de um alto funcionário da campanha de Trump, segundo informou a CNN. Essa ação faz parte de um esforço persistente para vulnerar as redes da campanha.

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Durante a mesma operação, uma conta de AOL com o pseudônimo “Robert” vazou documentos internos da campanha para a mídia, informou o Politico. Entre esses documentos estava um arquivo de pesquisa sobre JD Vance, companheiro de chapa de Trump.

O FBI analisou os registros de e-mail fornecidos por Microsoft, Google e AOL, e entrevistou o pessoal da campanha para identificar os responsáveis pelo ataque e pelo vazamento, segundo fontes consultadas.

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A atribuição do ataque a um grupo afiliado ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) foi clara. As técnicas empregadas coincidiam com as deste conhecido grupo iraniano, embora tenham surgido dúvidas sobre se eles também foram responsáveis pelo vazamento dos documentos, dados seus antecedentes, informou a CNN. No entanto, os investigadores conseguiram vincular a infraestrutura digital da conta do AOL ao mesmo grupo hacker iraniano.

Em uma das trocas de e-mails entre “Robert” e jornalistas, foi observado que a pessoa por trás da conta falava um inglês truncado e instava um repórter a publicar mais documentos.

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Não apenas as redes da campanha de Trump foram afetadas. Segundo investigadores do Google, esses hackers iranianos também atacaram contas de e-mail de funcionários americanos atuais e de pessoas relacionadas à vice-presidente Kamala Harris e ao presidente Joe Biden. Além disso, o FBI informou Trump sobre as evidências que apontam o Irã como responsável pelo ataque, o que ele mencionou publicamente na semana passada.

O FBI reuniu evidências significativas que demonstram a capacidade desses hackers de vulnerar várias contas de e-mail, incluindo a de Stone. Trump comentou que o Irã parece ser a origem desses ataques, destacando a gravidade da situação.

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(Com informações da AP e CNN)

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