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Nesta segunda-feira (19), o Kremlin afirmou que não haverá negociações com a Ucrânia após a ofensiva lançada por Kiev há quase 2 semanas na região fronteiriça russa de Kursk. Yuri Ushakov, conselheiro diplomático do líder Vladimir Putin, declarou que, neste momento, seria totalmente inadequado iniciar um processo de negociação diante da atual situação.
Ushakov, em uma entrevista ao meio de comunicação russo Shot, ressaltou que, devido à ofensiva, não há perspectiva de diálogo.
Na última sexta, Mykhailo Podoliak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mencionou que um dos objetivos da ofensiva na região de Kursk era pressionar Moscou para negociações “justas”.
Embora tenha enfatizado que Kiev não pretende ocupar território russo, Podoliak observou que, em possíveis negociações futuras, seria necessário encontrar uma forma de colocar a Rússia “do outro lado da mesa”.
Hoje, Zelensky reforçou a ideia de que uma das metas da incursão ucraniana em Kursk é estabelecer uma zona tampão no território russo.
Em seu mais recente discurso noturno, o presidente ucraniano explicou que a principal tarefa das ações defensivas é destruir o máximo possível do potencial militar russo e intensificar os contra-ataques.
Ele reconheceu que a operação em Kursk visa criar uma zona tampão no território do agressor.
Zelensky argumentou que qualquer dano infligido ao Exército, ao Estado, à defesa ou à economia da Federação Russa ajuda a Ucrânia a conter a propagação da guerra e a alcançar uma “paz justa” para o país.
No entanto, as negociações entre as duas partes estão totalmente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscou insistindo na exigência de que a Ucrânia aceite a anexação de parte de seu território.
Zelensky afirmou que deseja desenvolver até novembro, data das eleições presidenciais nos EUA, um plano que possa servir como base para uma futura cúpula de paz, à qual o Kremlin deve ser convidado.