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Hezbollah anunciou neste domingo a morte de dois membros do grupo terrorista libanês durante os confrontos com Israel. Os extremistas abatidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) foram identificados como Hamza Muhammad Zalgout e Khidr Musa Suwayd.
Com essas mortes, o número de baixas do grupo terrorista desde o início da guerra na Faixa de Gaza chega a pelo menos 430.
Após várias horas de bombardeios cruzados, o Hezbollah anunciou que sua operação militar de grande escala contra alvos israelenses, com o uso de drones e foguetes, terminou “por hoje”.
“Nossa operação militar terminou hoje e cumpriu seus objetivos”, afirmou o grupo terrorista libanês, apoiado pelo regime do Irã. As afirmações israelenses “sobre as ações preventivas realizadas e o fracasso do ataque da resistência são alegações vazias”, acrescentou o grupo islâmico.
Apesar dessas declarações do Hezbollah, Israel afirmou que frustrou um ataque de grande escala com os bombardeios no sul do Líbano.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o grupo terrorista, apoiado pelo Irã, estava preparando um ataque de grande escala com projéteis e drones, que foi evitado pela intervenção da Força Aérea israelense.
Durante os ataques preventivos, as FDI informaram que destruíram milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah, a maioria dos quais apontava para o norte de Israel, mas alguns tinham como alvo o centro do país. No total, cerca de 100 aviões de combate israelenses participaram da operação para neutralizar a ameaça.
O porta-voz para a imprensa internacional do Exército israelense, Nadav Shoshani, detalhou que os lançadores de foguetes estavam concentrados em cerca de 40 locais de lançamento ao longo do sul do Líbano.
Além disso, o Exército israelense detectou cerca de 210 foguetes e uns 20 drones explosivos lançados pelo Hezbollah em direção ao norte de Israel, onde alguns projéteis causaram danos leves, embora a maioria tenha sido interceptada.
O grupo terrorista, por sua vez, afirmou que lançou para Israel mais de 320 foguetes e drones em vingança pelo assassinato de seu principal comandante militar, Fuad Shukr, no dia 30 de julho em Beirute. Depois, o Hezbollah afirmou que sua operação “terminou” por agora e que foi um “sucesso”. O ataque teve como alvo “quartéis e posições israelenses buscando facilitar a passagem de drones de ataque” para o território israelense “em profundidade”, afirmou o movimento, politicamente muito influente no Líbano.
Enquanto cresce a tensão na fronteira entre Israel e Líbano, a comunidade internacional reitera os apelos por uma desescalada do conflito.
O escritório da coordenadora especial da ONU para o Líbano – Jeanine Hennis-Plasschaert – e a Força Provisional das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) “fizeram um apelo a todos para cessar o fogo e se abster de realizar mais ações escalatórias”, disseram em um comunicado conjunto, descrevendo os últimos acontecimentos como “preocupantes”.
“O retorno ao cessar das hostilidades, seguido da implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, é o único caminho sustentável a seguir”, acrescentou o comunicado.
A resolução encerrou um conflito em 2006 entre Israel e Hezbollah e pediu que o exército libanês e os capacetes azuis das Nações Unidas fossem as únicas forças armadas desdobradas no sul do Líbano.