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A República Democrática do Congo (RDC) registrou mais de 18 mil casos de mpox (varíola dos macacos) e 615 mortes relacionadas à doença neste ano, conforme anunciado nesta segunda-feira (26) em Brazzaville pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A divulgação ocorreu durante a abertura da reunião do comitê africano da entidade. Tedros Adhanom expressou preocupação com a rápida disseminação da nova variante do vírus, a variante 1b.
No mês passado, foram reportados mais de 220 casos dessa variante em quatro países vizinhos ao Congo—Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda—que até então não haviam registrado a doença.
O diretor-geral da OMS destacou que casos da nova variante também foram confirmados na Suécia e na Tailândia, os primeiros fora do continente africano. Esses pacientes tinham histórico de viagens a países com surtos da doença, embora os locais exatos não tenham sido especificados.
Além da variante 1b, Tedros mencionou que outras variantes também foram reportadas neste ano na parte ocidental da RDC, assim como em Camarões, na República Centro-Africana, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo e África do Sul. Ele descreveu a situação como um cenário complexo e dinâmico.
Para enfrentar e controlar os surtos, Tedros destacou a necessidade de uma resposta internacional coordenada e complexa, levando à declaração de emergência em saúde pública de importância internacional. A OMS estima que serão necessários US$ 135 milhões nos próximos seis meses para implementar um plano de resposta eficaz, valor que já havia sido mencionado na semana passada.
Tedros também informou que, na última sexta-feira (23), a OMS recebeu informações necessárias de um fabricante para avaliar uma nova possível vacina contra a mpox. Ele espera que uma lista de doses para uso emergencial esteja disponível nas próximas três semanas.
Concluindo, Tedros expressou confiança de que, com a liderança coordenada dos países afetados e o apoio da OMS e parceiros como o CDC África, será possível controlar a epidemia rapidamente, como feito em surtos anteriores de ebola e covid-19. Ele enfatizou que lições valiosas foram aprendidas com essas experiências.