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Venezuela sofre apagão nacional em dia de ameaça de prisão do candidato da oposição Edmundo González

Foto: Reprodução/X

Na madrugada desta sexta-feira (30), um apagão afetou a Venezuela, deixando o país, incluindo a capital Caracas, no escuro. A ditadura socialista de Nicolás Maduro informou que a falha foi causada por uma “sabotagem do sistema e tentativa de golpe de Estado”.

O apagão ocorreu no mesmo dia em que o candidato opositor Edmundo González Urrutia pode enfrentar um mandado de prisão. O diplomata, que afirma ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho, foi convocado para prestar depoimento nesta sexta-feira.

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Caso não compareça, como fez nas duas audiências anteriores no último mês, González deverá ser alvo de um mandado de prisão pela ditadura.

“Ocorreram sabotagens elétricas na Venezuela, sabotagens contra o sistema elétrico nacional, que afetaram quase todo o território nacional. Os 24 estados estão relatando, de maneira total ou parcial, a perda do funcionamento elétrico”, afirmou o ministro da Comunicação venezuelano, Freddy Ñáñez, ao canal estatal VTV.

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“Vivemos isso em 2019, e sabemos o quanto nos custou recuperar o sistema elétrico nacional desde então. Hoje estamos enfrentando isso com protocolos antigolpe porque é o que temos na Venezuela desde antes de 28 de julho, durante 28 de julho e nestes pouco mais de 30 dias que se passaram”, afirmou o membro da ditadura.

Os apagões têm sido frequentes na Venezuela ao longo da última década. O mais grave ocorreu em março de 2019, quando o país ficou no escuro por pelo menos cinco dias. Regiões como Táchira e Zulia, antiga capital do petróleo, enfrentam cortes de eletricidade diários.

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O governo venezuelano geralmente atribui essas falhas a planos de sabotagem orquestrados pelos EUA e pela oposição para derrubar o regime. No entanto, líderes opositores e especialistas que rejeitam a teoria de sabotagens responsabilizam a ditadura pela falta de investimento, má gestão e corrupção.

Após as eleições de 28 de julho, Nicolás Maduro foi proclamado pela autoridade eleitoral como presidente reeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 52% dos votos, em comparação com 43% para Edmundo González Urrutia.

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Horas após o anúncio inicial, começaram manifestações em Caracas e em outras cidades do país, inclusive em bairros pobres e historicamente chavistas.

Enquanto os órgãos oficiais se recusam a divulgar as atas das mesas de votação, a oposição afirma ter evidências de que González Urrutia derrotou Maduro por uma ampla margem de 67% a 30%.

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Atualmente, o Ministério Público está investigando o ex-diplomata por supostas “usurpações de funções” e “falsificação de documentos públicos”, crimes que podem levar a uma pena máxima de 30 anos de prisão.

Aos 74 anos, González Urrutia está em local desconhecido há três semanas e, nas últimas duas intimações, declarou que não compareceria ao tribunal por considerar que as intimações carecem de “garantias de independência” e do “devido processo legal”.

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