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Irã condena ativista a 12 anos por crítica a líder supremo no X

(Crédito: Wikipedia)

Um tribunal iraniano condenou o ativista Hossein Shanbehzadeh a 12 anos de prisão por propaganda e outros crimes após ele modificar uma mensagem do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, na rede social X, em meio a uma campanha de repressão no país.

“De acordo com o veredicto emitido pela 26ª Vara do Tribunal Revolucionário de Teerã, ele foi condenado a cinco anos de prisão por propaganda a favor do regime sionista, quatro anos por insultar o sagrado, um ano por propaganda contra o sistema e dois anos e uma multa de 50 milhões de tomanes (cerca de 2 mil dólares) por publicar mentiras”, informou o advogado do condenado, Amir Raesian, na rede social X.

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O advogado explicou que Shanbehzadeh deve cumprir uma pena de cinco anos, a maior das condenações pelos crimes dos quais foi acusado. Raesian afirmou que decidirão se vão recorrer das sentenças após discutirem com seu cliente.

Shanbehzadeh foi preso e acusado de espionagem para Israel em junho passado, poucos dias depois de responder com um ponto final a uma mensagem no X em que Khamenei aparecia com a equipe nacional de vôlei e que carecia desse sinal de pontuação. A resposta se tornou viral e obteve mais curtidas, comentários e republicações do que a mensagem original de Khamenei. A conta de Shanbehzadeh foi suspensa logo em seguida.

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Shanbehzadeh é um editor e ativista conhecido, que há anos critica a situação no Irã, muitas vezes usando um tom jocoso em suas mensagens nas redes sociais, o que lhe rendeu quase 100 mil seguidores no X e diversos confrontos com a Justiça iraniana. Em 2019, ele foi condenado a seis anos de prisão por criticar o líder da República Islâmica, pena que ainda não cumpriu.

Nova Polêmica

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A morte de um jovem sob custódia policial nesta semana, no norte do Irã, gerou nova controvérsia no país, que há dois anos foi palco de protestos após a morte da jovem Mahsa Amini, que estava sob custódia policial por não usar corretamente o véu islâmico.

“O comandante da polícia da cidade de Lahijan foi destituído por falta de supervisão sobre o desempenho e comportamento dos funcionários”, informou na sexta-feira a Polícia Nacional iraniana em seu terceiro comunicado sobre a morte de Mohammad Mir Mousavi, de 36 anos.

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Mir Mousavi foi preso na quinta-feira da semana passada por causa de uma briga de rua e faleceu na última terça-feira, segundo meios de comunicação iranianos. Posteriormente, um vídeo supostamente mostrando o corpo do jovem, ensanguentado e com ferimentos, começou a circular nas redes sociais, o que os ativistas consideram indícios de tortura.

Diante dessas acusações, o presidente do Irã, Masud Pezeshkian, ordenou ao Ministério do Interior a formação de um comitê de investigação para esclarecer o caso, enquanto a polícia prendeu cinco agentes envolvidos no incidente “por não conseguirem controlar sua raiva diante dos insultos e da desobediência do acusado, e por ignorarem as condições do falecido”.

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“A causa da morte está sendo investigada pelo médico legista, levando em conta os eventos ocorridos (a briga) antes da chegada dos agentes e as condições físicas e mentais do falecido”, afirmou a Polícia.

O Irã tem intensificado a repressão contra artistas, mulheres que não usam o véu e críticos das políticas da República Islâmica, em meio ao descontentamento da população com a situação econômica precária e as tensões sociais. Em maio, o cineasta Mohammad Rasoulof fugiu do país após ser condenado a oito anos de prisão, chicotadas e confisco de seus bens por suas produções cinematográficas. Em junho, um tribunal revolucionário de Teerã condenou a cartunista Atena Farghadani a seis anos de prisão por “propaganda contra a República Islâmica” e “insultar o sagrado” por tentar colar um cartaz crítico ao governo nas ruas.

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(Com informações da EFE)

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