Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou na tarde desta segunda-feira (02) que os aliados ocidentais da Ucrânia deveriam permitir o uso de suas armas em ataques de longo alcance na Rússia, além de fornecer mais armamentos a Kiev.
A Ucrânia tem apelado há tempos para que seus parceiros autorizem o disparo de armas ocidentais contra alvos mais distantes em território inimigo, e esses pedidos se intensificaram com o aumento dos ataques aéreos russos contra instalações energéticas, outras infraestruturas e edifícios residenciais ucranianos.
Após uma reunião com o primeiro-ministro holandês Dick Schoof, na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, Zelensky afirmou que Kiev estava “mais otimista” em relação à possibilidade de obter essa autorização.
Ele ressaltou que apenas permitir o uso das armas não seria suficiente e que os aliados deveriam garantir a entrega dos armamentos para esses ataques, acrescentando que a Ucrânia ainda não recebeu tudo o que gostaria de utilizar.
Zelensky também discutiu com Schoof o fortalecimento das defesas aéreas da Ucrânia. O presidente do Conselho da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, destacou que a Ucrânia possui uma frota de jatos F-16 doados pelos aliados, mencionando que um desses aviões caiu na semana passada. Schoof garantiu que a Holanda continuará fornecendo equipamentos de defesa aérea, incluindo os F-16, além de financiar a compra de munições.
Além disso, Schoof anunciou que os Países Baixos irão fornecer cerca de 200 milhões de euros à Ucrânia para apoiar a recuperação de infraestruturas energéticas e assistência humanitária. O país também entregará turbinas de gás recondicionadas no valor de 29,5 milhões de euros e destinará 45 milhões de euros para a reparação de infraestruturas energéticas, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores. Esse montante faz parte de um fundo de ajuda de 400 milhões de euros que o governo holandês prometeu à Ucrânia no início deste ano.
Zelensky também comentou sobre a situação na linha de frente, afirmando que a incursão transfronteiriça da Ucrânia na região ocidental russa de Kursk estava avançando conforme o planejado. Ele acrescentou que a Ucrânia acreditava que essa operação poderia ajudar a aliviar a pressão na frente de Pokrovsk, no leste da Ucrânia, onde a Rússia tem acelerado seus avanços, mas reconheceu que a situação permanece difícil até o momento.