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A Rússia é o adversário estrangeiro mais ativo na tentativa de influenciar as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que ocorrerão no dia 5 de novembro, enquanto a China está mais focada nas eleições legislativas, afirmou na sexta-feira um alto funcionário dos serviços de inteligência dos EUA.
O funcionário também mencionou que o Irã está mais ativo do que em ciclos eleitorais anteriores, intensificando seus esforços para influenciar os eleitores antes das eleições presidenciais e do Congresso.
A comunidade de inteligência dos EUA está aumentando o uso de alertas privados para os alvos das operações de influência estrangeira, acrescentou o funcionário durante uma reunião informativa.
Autoridades americanas disseram a um comitê do Senado em maio que um número crescente de atores estrangeiros, incluindo atores não estatais, está tentando influenciar as eleições nos EUA. Embora Rússia, China e Irã sejam os mais significativos, não são os únicos envolvidos.
Por outro lado, um alto funcionário de inteligência dos EUA denunciou nesta sexta-feira que o canal russo RT impulsionou uma operação online para persuadir os usuários a votar em Donald Trump nas eleições de novembro, em vez de sua rival democrata, Kamala Harris.
“Como evidenciado pelos esforços do governo dos EUA nesta semana, a Rússia está usando redes privadas russas e o RT para amplificar e fomentar, de maneira encoberta, divisões internas e promover os resultados eleitorais desejados pela Rússia. O RT criou e utilizou redes de personalidades americanas e ocidentais para criar e disseminar narrativas favoráveis à Rússia”, começou dizendo o especialista, acrescentando que “esses atores, entre outros, estão apoiando os esforços de Moscou para influenciar as preferências dos eleitores a favor do ex-presidente (Trump) e diminuir as perspectivas da vice-presidente (Harris)”.
Nesta quarta-feira, autoridades do Departamento de Justiça apresentaram acusações contra dois funcionários do RT, que foram apontados por usar empresas de fachada e perfis falsos para pagar 10 milhões de dólares a uma empresa não identificada no Tennessee, que produziu vídeos online destinados a aumentar a polarização política no país.
“Atores patrocinados pelo Estado russo têm usado há muito tempo uma variedade de ferramentas, como inteligência artificial e desinformação, para minar a confiança nos processos e instituições eleitorais dos EUA”, afirmou a Oficina de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que destacou que as pessoas em questão eram todas “figuras centrais nos esforços do governo russo para influenciar de forma espúria” o processo eleitoral e responsáveis por permitir tais manobras.
O RT negou as acusações e, em tom de ironia, respondeu que “três coisas são certas na vida: a morte, os impostos e a interferência do RT nas eleições americanas”.