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O líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, está a caminho da Espanha em um avião das Forças Aéreas espanholas, conforme confirmado pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares. O político solicitou asilo político após passar dias refugiado na Embaixada da Espanha em Caracas, alegando perseguição pelo regime de Nicolás Maduro.
Albares afirmou que González pediu formalmente asilo e que o governo espanhol irá processar e conceder o pedido. O ex-candidato presidencial deixou a Venezuela com sua esposa, Mercedes, após o governo venezuelano, por meio da vice-presidente Delcy Rodríguez, emitir um salvo-conduto que permitiu sua partida.
González estava sendo investigado por vários crimes relacionados aos protestos que ocorreram após as eleições de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro vencedor, sem divulgar a apuração detalhada. O opositor, que não aceitou o resultado, acusou o procurador-geral nomeado por Maduro de agir como “acusador político”.
A fuga de González ocorre em meio a uma crescente tensão política na Venezuela, com a oposição sendo alvo de investigações e ordens de prisão. Na semana passada, um juiz ordenou sua prisão por crimes de “conspiração” e “instigação à desobediência”.
Em uma carta enviada à procuradoria, González afirmou que não era responsável pela apuração e divulgação dos resultados das eleições, e seu advogado, José Vicente Haro, argumentou que ele não compareceu às audiências devido à falta de garantias jurídicas.
Diversos países, como Estados Unidos e membros da União Europeia, pediram uma revisão independente dos resultados eleitorais e manifestaram preocupação com a repressão à oposição.