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ONGs Pedem Intervenção de Lula para Libertar Presos Políticos na Venezuela

(AP Foto/Cristian Hernández)

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Na quarta-feira, um esforço conjunto de várias organizações não governamentais de direitos humanos reuniu cerca de cem manifestantes em frente à embaixada do Brasil em Caracas. Eles pediram ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que intervenha para liberar os detidos durante as protestas pós-eleitorais.

As forças de segurança prenderam mais de 2.500 pessoas que protestavam contra Nicolás Maduro, proclamado vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.

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A oposição afirma que Maduro perdeu para o ex-diplomata Edmundo González, que recebeu uma ordem de prisão e deixou o país no fim de semana passado após obter asilo na Espanha.

As atas de votação coletadas por voluntários opositores em mais de dois terços das máquinas eletrônicas indicam que González teria vencido com uma margem superior a 2 a 1.

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Entre os detidos estão jornalistas, líderes políticos, membros da campanha oposicionista e um advogado que defendia os manifestantes. Alguns tentaram sair do país, mas seus passaportes venezuelanos foram cancelados. Segundo o grupo de direitos humanos Provea, com sede na Venezuela, outras 24 pessoas foram assassinadas no contexto das protestas.

Uma comissão entregou aos funcionários da embaixada do Brasil um documento denunciando as precárias condições dos detidos, “a quem são violados todos os seus direitos humanos, sem garantia das condições mínimas de reclusão e em isolamento”, além de não permitirem visitas de familiares.

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Os manifestantes exigiram “a liberdade plena e sem condições de todos os presos”, afirmou Diego Casanova, familiar de um dos detidos, após sair da embaixada do Brasil.

Vários governos, incluindo o do Brasil, ainda não reconheceram a vitória eleitoral de Maduro e solicitaram às autoridades que revelem um detalhamento completo dos resultados.

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Lula da Silva, visto como um dos aliados de Maduro na região, reiterou publicamente que o presidente venezuelano deve apresentar as atas eleitorais que comprovem sua vitória.

Brasil, Colômbia e México têm promovido uma mediação diplomática para encontrar uma solução para a crise no país sul-americano após as eleições. Nessas eleições, tanto o órgão eleitoral quanto um tribunal confirmaram a vitória de Maduro para um novo mandato de seis anos.

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Diversas organizações e observadores internacionais questionaram a independência e imparcialidade dessas entidades, que são compostas por ex-funcionários próximos ao governo.

(Com informações da AP).

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