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EUA acusam Rússia de tentar desestabilizar governo argentino

(Divulgação)

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou nesta sexta-feira (13) a Rússia de realizar operações encobertas para desestabilizar o governo da Argentina e aumentar as tensões entre o país sul-americano e seus vizinhos. De acordo com o comunicado, esses atos “malignos” seriam executados através do canal russo RT e suas filiais, utilizando táticas encobertas para influenciar a região.

“Rússia está envolvida em operações destinadas a desestabilizar o governo da Argentina”, afirmou Washington, mencionando a RT como um ator chave nessas atividades. O comunicado também alegou que o meio de comunicação estatal russo está envolvido em influências encobertas em outras partes do mundo, citando exemplos como as plataformas African Stream e Red, esta última com sede em Berlim.

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O Departamento de Estado indicou que a RT tem utilizado sua financiamento estatal para “recrutar e pagar de forma encoberta a personalidades das redes sociais” com o objetivo de disseminar conteúdo alinhado com os interesses de Moscou. Além disso, acusou os funcionários da RT de usar táticas de inteligência e empresas de fachada para ocultar seu verdadeiro papel nas atividades encobertas que visam interferir nas dinâmicas políticas de diferentes países, incluindo a Argentina.

No mesmo comunicado, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a RT deixou de ser apenas um meio de comunicação para se tornar “um braço de fato do aparato de inteligência da Rússia”. Blinken acrescentou que a rede possui “capacidades cibernéticas” e tem participado de operações encobertas para influenciar a informação e adquirir material militar.

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“Sabemos que a RT tem participado de operações encobertas de influência informativa e aquisição de material militar”, declarou Blinken, que também destacou que a rede e seu pessoal têm se coordenado diretamente com o Kremlin para realizar atividades que minam democracias ao redor do mundo.

No início deste mês, o governo dos EUA anunciou medidas que incluem sanções econômicas e possíveis processos penais contra a rede, por supostos tentativas de interferência nas próximas eleições americanas de 5 de novembro. Além disso, foram impostas restrições de visto aos funcionários da Rossiya Segodnya, a agência de notícias à qual a RT pertence, e a outras filiais, como parte das sanções.

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O Departamento de Estado também mencionou que a RT e sua editora-chefe, Margarita Simonyan, têm estado envolvidas em operações para influenciar as eleições na Moldávia. Os Estados Unidos alegam que a rede tem apoiado os esforços do governo russo para interferir nas eleições moldavas de outubro de 2024, com o objetivo de fomentar protestos violentos caso um candidato pró-russo não vença.

Além das atividades de influência política, os EUA acusaram a RT de participar do financiamento da guerra na Ucrânia. Segundo a inteligência americana, Anton Anisimov, editor-chefe adjunto da RT e diretor de radiodifusão internacional da Sputnik, tem liderado uma plataforma de arrecadação de fundos online destinada a apoiar as tropas russas na Ucrânia. Esse apoio incluiria a compra de equipamentos militares, como rifles de precisão, coletes à prova de balas e drones, parte dos quais vêm da China.

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Antony Blinken anunciou que os Estados Unidos, em coordenação com o Reino Unido e o Canadá, lançarão uma campanha diplomática para alertar os governos de todo o mundo sobre as atividades de desinformação e manipulação realizadas pela máquina de mídia do Kremlin.

“Os Estados Unidos respeitam e defendem a liberdade de expressão, mesmo quando se trata de meios que difundem propaganda governamental”, disse Blinken, mas alertou que não permitirão que a RT e outros atores continuem apoiando “atividades malignas” da Rússia.

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