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Ucrânia convida ONU e CICV a visitar parte ocupada da região russa de Kursk

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Nesta segunda-feira (16), o governo da Ucrânia convidou a ONU (Organização das Nações Unidas)
e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a visitar a área da região russa de Kursk, atualmente ocupada pelas forças ucranianas desde agosto.

O Kremlin qualificou o convite como uma “provocação” e expressou a expectativa de que as declarações não sejam consideradas pelos destinatários.

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Nas redes sociais, o chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, afirmou que o país está disposto a demonstrar seu compromisso com o direito internacional humanitário.

Após meses de recuo frente ao avanço das tropas russas, a Ucrânia iniciou, no dia 6 de agosto, a maior incursão estrangeira na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. No final do mês passado, o general Oleksandr Syrskyi, comandante militar ucraniano, anunciou que as tropas de Kiev controlavam aproximadamente 1.294 km² do território russo e 100 vilas, além de terem feito 594 prisioneiros russos. Syrskyi também mencionou que um dos objetivos da operação era deslocar um número significativo de tropas russas para outras áreas.

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Agora, Kiev busca demonstrar que suas tropas respeitam o direito humanitário, não maltratam civis russos e não cometem crimes de guerra, diferentemente das ações do Exército russo. Sibiga destacou que, desde o início da operação em Kursk, as forças ucranianas têm respeitado totalmente o direito humanitário internacional e garantido ajuda humanitária e a passagem segura de civis. Moscou, por sua vez, afirma que quase 150 mil civis fugiram de Kursk após a incursão e que o Exército russo lançou uma contraofensiva na região, enquanto anuncia avanços na guerra.

A presidente do CICV, Mirjana Spoljaric, está em Moscou para uma visita que inclui um encontro com o chanceler russo, Serguei Lavrov, previsto para terça-feira. A viagem ocorre poucos dias após a morte de três funcionários ucranianos da organização em um ataque na região de Donetsk, leste da Ucrânia.

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Os funcionários estavam se preparando para distribuir ajuda em uma área controlada pelas forças ucranianas perto da linha de frente quando seus veículos foram atingidos por tiros.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, atribuiu o ataque ao Exército russo e o classificou como um “novo crime de guerra” cometido por Moscou.

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