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Mais de mil pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (17) após uma série de explosões envolvendo pagers usados pelo grupo terrorista libanês Hezbollah. O incidente ocorreu inicialmente nos subúrbios ao sul de Beirute, reduto do grupo apoiado pelo Irã, e se espalhou para outras regiões.
De acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano, as explosões começaram por volta das 15h45 (horário local) e se prolongaram por cerca de uma hora.
Imagens de câmeras de segurança em um supermercado em Beirute capturaram o momento de duas explosões: uma perto do caixa e outra em uma bancada de frutas.
Um jornalista da Reuters relatou que membros do Hezbollah foram vistos feridos, e ambulâncias foram mobilizadas para lidar com a situação de pânico generalizado.
O centro de operações de crise do Líbano, administrado pelo Ministério da Saúde, convocou todos os profissionais de saúde para os hospitais para atender o grande número de feridos.
Segundo a Al Jazeera, os pagers foram hackeados, um problema que surgiu após o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ter solicitado que seus combatentes na fronteira sul com Israel deixassem de usar smartphones, temendo que Israel pudesse monitorar as comunicações.
O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi identificado como um dos feridos na explosão de um pager, segundo a agência de notícias iraniana Mehr.
Um representante do Hezbollah, que falou à Reuters sob condição de anonimato, descreveu a detonação dos pagers como a “maior falha de segurança” enfrentada pelo grupo em quase um ano de conflito com Israel.
Outro oficial do grupo, em entrevista à Associated Press, sugeriu que as explosões podem ter sido um ataque israelense, embora as Forças Armadas de Israel ainda não tenham se pronunciado sobre as acusações.
Ramy Khoury, da Universidade Americana de Beirute, qualificou o incidente como “o mais perigoso” enfrentado pelo Hezbollah nos últimos anos, destacando a gravidade do ataque e suas implicações para o grupo e seus aliados no Eixo da Resistência.