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As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a morte de Ibrahim Aqil, um dos principais comandantes do Hezbollah, em um ataque aéreo realizado na capital libanesa, Beirute, nesta sexta-feira (20). Aqil, líder da Força de elite Radwan e chefe das operações militares do Hezbollah, foi atingido enquanto se reunia com outros comandantes da organização no subsolo de um prédio residencial em Dahiyeh, área controlada pelo grupo.
Segundo o porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, a reunião tinha como objetivo coordenar atividades terroristas contra civis israelenses. “Eles se encontraram sob um edifício residencial, usando civis como escudos humanos”, afirmou Hagari em uma coletiva de imprensa. Pelo menos 10 altos líderes do Hezbollah foram mortos no ataque.
Ibrahim Aqil, que se juntou ao Hezbollah nos anos 80, era considerado um dos principais arquitetos do plano do grupo para invadir a região da Galileia, em Israel. O comandante também foi responsável por diversos ataques fora do Líbano, incluindo atentados contra civis e ataques antitanque. Entre suas ações mais notórias, está o atentado de 1983 contra uma base de fuzileiros navais dos Estados Unidos em Beirute, pelo qual os EUA ofereciam uma recompensa de US$ 7 milhões por sua captura.
O ataque israelense ocorre em um momento de tensão crescente entre Israel e o Hezbollah, à medida que a organização tenta intensificar suas ações na região. A operação é vista como uma tentativa de Israel de neutralizar os líderes que estavam diretamente envolvidos no planejamento de ataques contra seu território.
Enquanto isso, a agência de notícias iraniana Tasnim, ligada ao governo do Irã, negou rumores de que um vice-comandante da Força Quds, do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, também teria sido morto no ataque. A notícia foi inicialmente divulgada pela Sky News Arabia, mas foi desmentida pela agência iraniana, que classificou as alegações como “mentiras completas”.
Comício por cessar-fogo e libertação de reféns em Nova York
No mesmo dia do ataque, milhares de pessoas se reuniram em frente à sede das Nações Unidas, em Nova York, para pedir um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza. A manifestação, que ocorreu paralelamente à 79ª Assembleia Geral da ONU, contou com discursos de reféns libertados e familiares daqueles que ainda estão em cativeiro.